O projeto é parte da meta de faturar R$ 1 bilhão até 2026 / Divulgação
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A construção civil brasileira acaba de ganhar um novo capítulo. Roberto Justus anunciou a expansão da SteelCorp, empresa fundada em 2023, que aposta no modelo de casas modulares em steel frame – estruturas de aço galvanizado fabricadas em linhas automatizadas e montadas como peças de um jogo de encaixe, chamadas de ‘casas lego’.
A proposta promete rapidez, menor desperdício e custos mais previsíveis, características que já consolidaram o método em países como Estados Unidos e nações europeias.
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Com a nova fábrica instalada em Cajamar, na Grande São Paulo, Justus pretende triplicar a capacidade produtiva da empresa, alcançando até 10 mil moradias por ano.
O projeto é parte da meta de faturar R$ 1 bilhão até 2026, levando a industrialização da construção a uma escala inédita no país.
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A planta de 16 mil metros quadrados conta com linhas de produção automatizadas e capacidade para até 8 mil toneladas de aço por ano. A SteelCorp afirma ser possível entregar até 10 casas por dia.
Durante a inauguração, foi apresentado o Villa Steel, showroom com modelos de residências montadas em escala real, além de um espaço-laboratório para testes de materiais e novas soluções técnicas.
O evento reuniu cerca de 600 convidados, incluindo investidores, autoridades e parceiros do setor. Em clima de celebração, com banda de jazz e DJ, Justus apresentou a estratégia de posicionar a SteelCorp como referência nacional em construção modular.
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O modelo da SteelCorp foca na escala. Em vez de obras isoladas, a meta é atender grandes projetos habitacionais e governamentais. Em 2023, a empresa faturou R$ 23 milhões; em 2024, chegou aos R$ 200 milhões.
Agora, com fábricas em Aparecida de Goiânia, Cajamar e na Flórida (EUA), a companhia projeta atender mercados nacionais e internacionais.
Nos Estados Unidos, já há contrato para a entrega de 1.500 casas modulares em 2025. Além disso, a empresa mantém a SteelBank, securitizadora criada para financiar projetos, e a SteelAcademy, escola técnica destinada a formar mão de obra especializada nesse novo modelo construtivo.
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Apesar da expansão, a construção modular ainda enfrenta resistência no Brasil. Empresas tradicionais seguem dominando o mercado, mas incorporadoras como MRV e Tenda já testam o modelo.
Concorrentes como Tech Verde, Alea e Brasil ao Cubo também disputam espaço, cada uma com estratégias próprias.
Justus, no entanto, vê a mudança como irreversível. Segundo ele, a redução de desperdício — de até 30% para menos de 5% — e a entrega até 60% mais rápida são vantagens que em breve devem transformar o steel frame em padrão no setor.
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A SteelCorp nasceu da compra da TecnoFrame e contou, em sua fundação, com participação da Reag Investimentos, que recentemente se desfaz de ativos após ser alvo da Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal.