Entenda a doença que levou Carlinhos de Jesus a usar cadeira de rodas

Desde o início do Dança dos Famosos 2025, Luciano Huck tem feito questão de agradecer a presença de Carlinhos de Jesus no júri técnico do programa. O mestre da dança de salão vem participando mesmo diante de um delicado desafio de saúde: ele foi diagnosticado com bursite trocantérica bilateral e tendinite nos glúteos, condições que o levaram a aparecer em cadeira de rodas e depois de muletas.

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A descoberta da doença

Os sintomas começaram a se agravar em junho deste ano, durante uma viagem a Passo Fundo (RS). Carlinhos relatou fortes dores nas pernas, chegando a cair por não conseguir andar. De volta ao Rio de Janeiro, procurou um especialista em quadril e precisou ser internado.

'Era tanta dor que a medicação para eu dormir era morfina', contou o dançarino em entrevista ao Fantástico, no último domingo (31).

Mesmo debilitado, Carlinhos foi convidado a dar aula no Festival de Dança de Joinville (SC), o maior evento do gênero no país. A lembrança emocionou o coreógrafo:

'A comissão do festival quer o Carlinhos de Jesus do jeito que ele estiver. A presença dele é uma autoridade. Quando ouvi isso, chorei. Jamais imaginei que o festival dissesse algo assim'.

O que é a bursite trocantérica bilateral?

A doença é uma inflamação das bursas localizadas na região lateral do quadril. Ela causa dor intensa que pode irradiar para as coxas, nádegas e joelhos. Os principais fatores de risco incluem:

traumas ou microtraumas repetitivos,

sobrecarga mecânica,

alterações anatômicas,

doenças reumáticas,

cirurgias anteriores,

mudanças hormonais.

O problema é mais comum entre pessoas de 40 a 60 anos e, além da dor, pode gerar sensibilidade na região e dificuldade para dormir de lado.

Tratamento e rotina atual

Carlinhos de Jesus está em tratamento com imunoterapia, além de realizar musculação e exercícios funcionais para fortalecer o corpo. O tratamento médico costuma incluir ainda fisioterapia, medicamentos e a redução de atividades repetitivas que exigem esforço da região do quadril.

O próprio coreógrafo tem encarado o momento com serenidade:

'É um tempo de paciência, resiliência e calma. De calma para que eu possa caminhar', afirmou.

Mesmo enfrentando limitações físicas, Carlinhos segue inspirando pela força e pela dedicação em continuar participando ativamente do universo da dança — tanto no palco do Domingão com Huck quanto em festivais e projetos que ajudaram a consolidar sua trajetória como um dos maiores nomes da dança de salão no Brasil.