A regra de ouro para não errar na escolha é observar o equilíbrio / Imagem gerada por IA
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O panetone se consolidou como o protagonista absoluto das ceias no Litoral Paulista, mas a experiência de saboreá-lo atinge um novo patamar quando acompanhada por um bom vinho.
A regra de ouro para não errar na escolha é observar o equilíbrio: quanto mais carregada no açúcar for a receita do pão, mais doce deve ser a bebida, evitando que o sabor da massa mascare as notas da uva.
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A iguaria, que desembarcou no Brasil com os imigrantes italianos após a Segunda Guerra Mundial, carrega séculos de história e lendas românticas.
Uma das versões mais célebres narra o esforço de um jovem nobre de Milão, Ughetto degli Atellani, que se disfarçou de ajudante de padaria para conquistar o coração de Adalgisa, criando a receita original com uvas passas e frutas cristalizadas para impressionar o futuro sogro.
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Para quem não abre mão da receita tradicional com frutas cristalizadas, a recomendação de especialistas recai sobre os vinhos da uva Moscatel.
A leveza e o toque floral dessa variedade, presentes em rótulos como o Miguel Torres Días de Verano, realçam o frescor das frutas da massa sem pesar no paladar.
Já o espumante Batasiolo Moscato surge como alternativa festiva para versões que levam nozes, mantendo o frescor cremoso que a ocasião pede.
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Quando o chocolate entra em cena, o desafio sobe de nível. No caso do panetone com gotas, vinhos fortificados como o Marsala Vergine Soleras trazem a potência alcoólica e as notas de frutas secas necessárias para dialogar com o cacau.
Se o recheio for cremoso e intenso, a harmonização exige tintos licorosos igualmente robustos, a exemplo do Viñedo De Los Vientos Alcyone Tannat, que sustenta a doçura marcante da sobremesa.
As versões contemporâneas recheadas com doce de leite pedem vinhos de sobremesa com alta graduação e notas de mel.
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O italiano Passito di Pantelleria é apontado como o parceiro ideal, oferecendo aromas de damasco e casca de laranja que cortam a untuosidade do recheio.
Independente da escolha, a proposta é resgatar a origem do "Pão de Toni" — nome que, segundo outra lenda, homenageia um ajudante de cozinha que salvou um banquete ducal com sua invenção — e transformar o consumo do panetone em um ritual de degustação completo.