Bruno Ment'Sagaz é uma das vozes mais importantes do movimento em São Vicente / Divulgação
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O dia 12 de novembro marca a celebração mundial do Hip-Hop, um movimento cultural que há décadas fortalece e transforma comunidades periféricas. Em São Vicente, o rapper, sociólogo e ativista cultural Bruno Ment’Sagaz é uma das vozes mais importantes do movimento e celebra a data reforçando o poder da cultura urbana.
O artista afirma que o Hip-Hop representou um divisor de águas em sua vida: “Foi através do rap que descobri meu dom de compor. O hip-hop me mostrou que a arte pode ser uma arma de transformação social, de consciência e de futuro”.
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Atuando em projetos sociais e educacionais, Sagaz destaca o impacto do “Hip-Hop nas Escolas”, que leva os quatro elementos da cultura (rap, grafite, break e DJ) a escolas municipais, além de instituições como Fundação Casa e Centro Pop.
Bruno explica que essa iniciativa é fundamental para reduzir a evasão escolar, estimular o senso crítico e fortalecer o sentimento de pertencimento entre os jovens. Ele reforça a importância do trabalho: “Quando o hip-hop entra na escola, ele muda o ambiente. Os alunos passam a se reconhecer na arte, e isso reflete diretamente no comportamento e na autoestima. É um movimento que salva vidas”.
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O ativista lembra que o Hip-Hop, antes marginalizado, alcançou o status de política pública e patrimônio cultural na cidade. Essa mobilização garantiu a instituição do Dia e da Semana Municipal do Hip-Hop (5 a 12 de novembro), além de datas dedicadas ao Rap Nacional e às Batalhas de Rima.
Com avanços notórios, o próximo passo projetado por Bruno é a inclusão do movimento no planejamento financeiro municipal: “O próximo passo é garantir que o Hip-Hop esteja incluído nas leis orçamentárias da Cidade, para que possamos financiar projetos e dar continuidade ao trabalho nas escolas e nas ruas”. Um projeto de lei que visa destinar recursos municipais para a cultura urbana já tramita.
Para ele, a mensagem de resistência e esperança segue a mesma: “O hip-hop é o grito de quem nunca teve voz. É poesia em meio ao caos, é batida que cura ferida, é o livro que abre a mente. Enquanto houver um microfone ligado e um coração pulsando na quebrada, o hip-hop vai continuar vivo”.
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