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Novo projeto mistura linguagens do circo, cinema e música / Raquel Alcantara/ Divulgação

Um ano sem conseguir vaga em escola e um disco dos Beatles. Foi assim que José Roberto Freire Barbosa, conhecido como Zero Beto, descobriu sua paixão pela música aos 13 anos de idade. Hoje, é músico, pesquisador e educador musical. Com o intuito de seguir produzindo durante a pandemia de Covid-19, criou o 'Circo das Coisas Possíveis'.

Nascido em Juazeiro do Norte, no Ceará, se mudou para Santos ainda na adolescência. Como o período letivo já havia iniciado, não conseguiu uma vaga para estudar naquele ano, em 1990. "Meu tio deixou um disco dos Beatles na minha casa e eu fiquei apaixonado. Um dia vi uma revista de músicas da banda e comprei achando que eram as letras, mas na verdade eram as cifras", comenta. Pediu um violão para sua mãe e foi assim que começou na música. 

Hoje, além de violão, o multiinstrumentista toca guitarra, banjo, ukulele, cavaquinho, marimbau, acordeon, piano, percussão, bateria, entre outros. Ou, como prefere dizer: "os instrumentos que me tocam".

Com a pandemia e a impossibilidade de fazer shows presenciais, teve a ideia de um novo projeto. "Enquanto a gente estava parado, eu precisava produzir e fazer algo que fosse possível nesse momento, daí surgiu o Circo das Coisas Possíveis", explica. "Dentro desse cenário, sem shows, resolvi fazer um processo de um ano de criação de um disco. São músicas que compus ao longo da minha vida, mas nunca tinha colocado efetivamente para as pessoas ouvirem".

O jeito como Zero Beto toca tem uma forte ligação com o circo. "É como se cada instrumento fosse uma apresentação de um número do circo. Além da sonoridade dos instrumentos e rítmicas que eu uso".

O cinema também é uma paixão. Em seu primeiro show, intitulado 'Nas trilhas do cinema', Zero Beto toca a trilha original de clássicos com seu jeito circense. 

As gravações acontecem na casa do músico. Sua esposa, Lu Pais, é quem produz e dirige os shows cenicamente. Os clipes também contam com a presença de convidados, cada um em sua casa. "O Circo das Coisas Possíveis é uma mistura da linguagem que eu faço: circo, cinema e música, com o que é possível fazer hoje".

Após a pandemia, Zero Beto pretende transformar o projeto em um show presencial. Por enquanto, os clipes podem ser conferidos nas plataformas do YouTube e Spotify. Também é possível conhecer o trabalho do artista no Instagram @homem_so_noro. Em seu canal, o músico também produz a série 'D compondo', na qual conta o processo de gravação de cada música.

"O objetivo é tentar ampliar o universo musical das pessoas. Os shows trazem memórias afetivas, sinto essa força da comunicação do que a música pode despertar na gente", finaliza. 

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