Cultura

Mocidade Amazonense levará enredo da Mãe África para a avenida

Escola de samba representará Guarujá na Passarela do Sampa Dráuzio da Cruz, em Santos

Publicado em 21/02/2014 às 10:58

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Com o enredo: “Mãe África, a Exuberante Realeza de uma rica civilização que o mundo não viu”, o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Mocidade Amazonense entrará na Passarela do Samba Dráuzio da Cruz (Santos), para representar a Pérola do Atlântico. A escola guarujaense é considerada hours concours, sendo assim concorre no carnaval santista e desfila como convidada no Desfile das Campeãs em seu município de origem.

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A África Imperial, África Selvagem, África Ritualista, as riquezas do continente e sua influência na cultura do Brasil serão representadas pelos 1.400 componentes da escola, que reviverá um enredo da década de 90. A Amazonense pretende mostrar o continente de uma maneira diferente, não apenas a religião. A intenção, segundo a presidente da agremiação, Sandra de Oliveira Santos, é incomodar e ficar entre as quatro primeiras colocadas.

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“A África tem um lado de miséria, mas tem um outro lado de riqueza e é isso que vamos mostrar. É um tema muito rico e vamos mostrar o carnaval que a comunidade espera, com muitas fantasias luxuosas.”

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Os carros alegóricos serão o diferencial da escola. Os quatro carros que desfilarão as riquezas da África serão articulados e com voz. Com o trabalho intenso da comunidade, 80% do desfile já está pronto. Espalhados pelo barracão da escola, diversos animais da savana africana, como girafas e elefantes gigantes, dão uma mostra do que será visto na avenida. Para dar o tom da festa, a Amazonense contará, neste ano, com 180 ritmistas na bateria, o coração da escola.

Experiência de amazonense dá o toque especial à agremiação

Há sete anos, Arthur Góes, natural da cidade de Parintins, no Amazonas, traz sua experiência para montar os carros alegóricos da escola guarujaense. Ele e sua equipe, composta por cinco pessoas, passam o período do carnaval na Cidade somente para a montagem dos equipamentos.

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“Aqui sou Amazonense de coração, me sinto em casa. Eu trago minha experiência com a festa da minha cidade, onde trabalho no Boi Garantido. Teremos muitas articulações e tenho certeza que o público ficará animado com o que preparemos.”

O tema escolhido pela escola, segundo Arthur, é fácil e próximo ao que ele executa na Festa de Parintins. Os elementos da natureza e a riqueza africana facilitaram o rico trabalho desenvolvido, conforme o coordenador de alegorias.

Para a presidente da escola de samba, o trabalho de Arthur e sua equipe é essencial para a construção dos carros alegóricos. “São pessoas que entendem, aqui não achamos mão de obra para desenvolver um trabalho desses. A experiência deles faz toda a diferença.”

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Os ensaios do Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Mocidade Amazonense acontecem em sua quadra, localizada na Rua Francisco Alves, 72, às terças, quintas, sextas e domingo, das 20 às 23h30. A escola será a terceira a entrar na Passarela do Samba Drázio da Cruz, no dia 2 de fevereiro.

Informações gerais:

Fundação: 1972

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Presidente: Sandra de Oliveira Santos

Integrantes: 1.400

Cor da escola: Verde e Branco

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1° Casal – Mestre-sala e porta-bandeira: Hugo Passos e Janny Moreno

2° Casal – Mestre-sala e porta-bandeira: Regis Cardoso e Camile Alice

3° Casal – Mestre-sala e porta-bandeira (mirim): Lincoln e Malu

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Corte

Rainha: Lezir Ferreira

Rainha Mirim: Janaína Paiva

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Musa: Ariellen Domiciano

Samba-enredo

“Mãe África, a Exuberante Realeza de uma rica civilização que o mundo não viu”

Compositores: Gilson Café, Sandro Simões, Hermes Sobral, Junão Lima, Caraúba, Tim Cardoso, Pedrinho da Rima e Peter Pan

Interpretes: Ricardo Jacaré e Anderson Atração

Negro sim... Sou mais um filho

deste chão de uma mãe acolhedora

Uma terra promissora... África

O que os olhos não viram

Sentiu meu coração

Pulsando forte o sangue de um guerreiro

Que de fato e de direito é o dono da riqueza

Respeite a natureza abençoada

De um jardim misterioso que já foi minha morada

Tambor ôôôô...ecoar no ar...

Ijexá. Mão negra batendo com fé

Os búzios revelam axé...axé...axé

Feitiços curando em nome do bem

Magia que trago também

Na força do meu Patuá

O dom das senhoras das artes

Por todas as partes me faz relembrar

O semba, o jongo no terreiro de Iaiá e de Ioiô

Põe tempero para aguçar nosso sabor

Miscigenação...

Trago na pele a herança de um povo

Comunidade...a Ilha vem pra ser feliz de novo

Yagô... Nessa quizomba que eu vou

Em verde e branco

Afro-Amazonense

A negritude vem pra coroar

Minha essência é a cultura popular

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