Cultura

Jingle de Natal que virou marca da Marabraz pertencia à outra empresa: o Banco Nacional

Antes de marcar época com Zezé Di Camargo & Luciano, a faixa já era um fenômeno da publicidade brasileira nos anos 1980 e 1990

Giovanna Camiotto

Publicado em 04/12/2025 às 20:20

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O jingle da Marabraz foi eternizado na voz de Zezé di Camargo e Luciano / Reprodução

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Muito antes de se tornar sinônimo das campanhas de Natal da Marabraz, o jingle “Quero Ver Você Não Chorar” já era um sucesso nacional. A música foi criada em 1971 para o extinto Banco Nacional, assinada pelo compositor Edison Borges de Abrantes, conhecido como Passarinho, a pedido do publicitário Lula Vieira, então diretor de criação da agência que atendia o banco.

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O jingle rapidamente se transformou em um dos mais marcantes da história da propaganda brasileira. A versão mais emblemática foi exibida em 1988, em um comercial no qual um menino enfrenta diversos obstáculos com sua bicicleta para chegar a tempo de cantar os versos finais ao lado de um coral infantil. A peça virou referência de emoção, empatia e esperança, e até hoje é lembrada como uma das campanhas mais comoventes da televisão.

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Com o fim do Banco Nacional, no meio dos anos 1990, a música ganhou uma nova e ainda maior dimensão popular ao ser incorporada pelas Lojas Marabraz, agora interpretada por Zezé Di Camargo & Luciano. A mudança de banco para varejo não diminuiu a força do jingle, pelo contrário, ampliou seu alcance e o consolidou definitivamente como trilha sonora do Natal brasileiro.

Não olhe pra trás, agora é Marabraz!

Na voz da dupla sertaneja, a canção passou a embalar os comerciais da Marabraz e atravessou gerações, sendo exibida ano após ano nas principais redes de televisão. O verso “Quero ver você não chorar, não olhar pra trás” tornou-se parte do imaginário popular e reforçou a ligação entre consumo, emoção e solidariedade típica das campanhas de fim de ano.

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Mais do que uma estratégia comercial, o jingle também passou a ser associado a ações sociais e campanhas de apoio a crianças em situação de vulnerabilidade, reforçando o sentido de esperança presente na letra. Trechos como “Eu vou crer que o Natal existe, que ninguém é triste e no mundo há sempre amor” ajudaram a transformar a música em símbolo de resiliência e renovação.

Assim, o que começou como uma ação publicitária bancária nos anos 1970 acabou se transformando em um dos maiores fenômenos emocionais da publicidade brasileira, atravessando décadas, trocando de marca, mas mantendo intacto seu principal legado: emocionar e marcar o Natal de milhões de brasileiros.

Confira as versões do jingle do Banco Nacional e das Lojas Marabraz

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