Cultura
A faixa "Coração Verde e Amarelo" foi composta por Aldir Blanc e Tavito, e virou marca registrada nas transmissões do futebol brasileiro
Está foi a Seleção Brasileira da Copa de 1994 / Reprodução/Museu do Futebol
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Muito além de um simples jingle de Copa do Mundo, a canção “Coração Verde e Amarelo” se consolidou como uma das trilhas mais emblemáticas do futebol brasileiro. Mas, o que muita gente não sabe é que a música foi criada por dois nomes gigantes da música nacional, Aldir Blanc e Tavito, e nasceu nos bastidores da Rede Globo.
A melodia surgiu ainda em meados de 1991, composta por Tavito como tema instrumental para as transmissões esportivas da emissora. Três anos depois, em 1994, a base musical ganhou letra assinada em parceria com Aldir Blanc, transformando-se oficialmente no jingle da campanha da Globo para a Copa do Mundo dos Estados Unidos, justamente a Copa do tão esperado tetracampeonato do Brasil.
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A partir dali, a música deixou de ser apenas um tema de TV e virou trilha afetiva de uma geração inteira de torcedores, ficando diretamente associada à conquista de Romário, Bebeto, Dunga e companhia. "É tetraaaaaa!", bradou o narrador Galvão Bueno, que também ficou marcado pelo campeonato mundial.
O sucesso foi tão grande que o jingle ganhou novas versões ao longo dos anos. Em 1998, veio a adaptação com o verso que entrou para o imaginário popular: “Tenta que é penta, Brasil!”. Já em 2002, a música voltou a embalar as transmissões com ajustes pontuais na letra. E, a partir de 2006, a Globo passou a utilizar apenas a versão instrumental, que segue sendo usada até hoje nas transmissões da Seleção.
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Assim como aconteceu com o jingle histórico do Banco Nacional e da Marabraz, “Coração Verde e Amarelo” ultrapassou sua função publicitária e se transformou em símbolo permanente de uma era vitoriosa do futebol brasileiro. Bastam poucos segundos da introdução para acionar, automaticamente, a memória afetiva de milhões de brasileiros.
Mais do que uma vinheta esportiva, o tema virou assinatura emocional da Seleção, atravessou gerações, Copas, derrotas, vitórias e segue sendo até hoje um dos sons mais reconhecíveis da história da televisão brasileira.
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