A Coca-Cola escolheu 'Wavin' Flag' como trilha sonora da Copa do Mundo de 2010 / Reprodução/YouTube
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Antes de dominar estádios, rádios e transmissões esportivas, a canção “Wavin’ Flag” era apenas mais uma faixa do álbum "Troubadour" (2009), lançado por K’naan e que havia vendido menos de 100 mil cópias. Tudo mudou quando a Coca-Cola enxergou na música o tom perfeito para a edição histórica da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, do qual foi sua maior campanha publicitária.
A intenção inicial da marca era simples de criar uma música para animar os torcedores nos estádios. Mas o projeto cresceu de forma inesperada. A Coca escolheu “Wavin’ Flag” como trilha oficial de sua campanha global, veiculada em mais de 160 países, e lançou a versão especial chamada “Celebration Mix”, que adaptava o refrão para o clima de festa do futebol.
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A empresa buscava uma música que traduzisse o espírito africano da Copa, combinasse com o slogan “Open Happiness” e tivesse uma mensagem universal de esperança. A história de K’naan, refugiado da Somália com raízes africanas e carreira construída no Canadá, pesou a favor. As estrofes originais, que falavam de fome e guerra, foram substituídas por versos sobre união, superação e celebração.
O resultado foi imediato e “Wavin’ Flag” virou hit número 1 no iTunes em 17 países, ganhou versões em vários idiomas, incluindo uma gravação com o Skank no Brasil e outra com David Bisbal no mundo hispânico, e rapidamente se consolidou como o hino não-oficial daquela Copa.
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Além do impacto musical, a campanha também foi histórica do ponto de vista de marketing. Ao apostar em uma única canção global, diferente de 2006, quando foram criadas 13 músicas diferentes, a Coca-Cola economizou cerca de US$ 45 milhões em custos de produção e ainda ampliou de forma expressiva o alcance da ação.
Quinze anos depois, “Wavin’ Flag” segue associada de forma direta à memória da Copa da África do Sul, ao lado de “Waka Waka”, de Shakira. Um caso clássico de como a força da publicidade pode transformar uma música em trilha definitiva de uma geração de torcedores.
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