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Consultora aponta estratégia de imagem em visual de Virgínia na CPI das Bets

Moletom com o rosto da filha, óculos de grau e copo térmico rosa compuseram uma narrativa estética que buscou suavizar julgamentos

Luna Almeida

Publicado em 14/05/2025 às 22:00

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Cada item usado por Virgínia teve papel simbólico em uma narrativa que buscou transmitir juventude / Edilson Rodrigues/Agência Senado

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O depoimento de Virgínia Fonseca na CPI das Apostas Esportivas, ocorrido na última terça-feira (13), não chamou atenção apenas pelo conteúdo, mas também pela imagem cuidadosamente construída para a ocasião. 

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A influenciadora e empresária compareceu ao local com moletom estampado com o rosto da filha, copo Stanley rosa nas mãos, cabelo solto e óculos sem armação – escolhas que, segundo especialistas, não foram casuais.

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De acordo com a consultora de imagem pessoal e corporativa Clara Laface, cada item usado por Virgínia teve papel simbólico em uma narrativa que buscou transmitir juventude, afeto e suposta inocência. 

“O moletom com o rosto da filha, o cabelo solto, os óculos joviais sem armação e o copo Stanley rosa não foram escolhas aleatórias. São elementos que compõem uma imagem cuidadosamente pensada para gerar empatia e suavizar a percepção pública diante de uma investigação que envolve contratos milionários e publicidade de sites de apostas”, analisa.

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A estratégia, segundo Clara, é bastante conhecida no universo da imagem pública: utilizar símbolos do cotidiano doméstico e familiar para aproximar a figura pública do cidadão comum. 

“O moletom com o rosto da filha e o copo Stanley são apelos afetivos. Transmitem uma ideia de intimidade, de alguém que veio de casa às pressas e não representa ameaça – quando, na verdade, trata-se de uma empresária com enorme poder de influência”, completa.

Apesar da repercussão, Clara destaca que, tecnicamente, o visual não foi adequado para o ambiente institucional. “Uma CPI exige postura e respeito, inclusive na forma de se vestir. Não se trata apenas de um dress code, mas da responsabilidade simbólica de quem ocupa um espaço oficial do Estado”, afirma.

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Ela ainda ressalta um ponto ético sobre o uso da imagem pessoal nesses contextos. “Quando a imagem pessoal é usada para distorcer ou atenuar responsabilidades, ela deixa de ser uma ferramenta legítima de posicionamento e passa a funcionar como blindagem. É preciso ter clareza sobre isso”, conclui.

Para Clara, a comunicação não verbal de Virgínia foi claramente estratégica. “Mas ética? Essa é uma outra conversa. A estética fala, e fala muito. E, neste caso, disse tudo o que o silêncio talvez quisesse esconder.”

Sobre Clara Laface

Clara Laface é consultora de imagem pessoal e corporativa, com vasta experiência em ajudar pessoas e empresas a se posicionarem com impacto no mercado competitivo. 

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Possui formações nacionais e internacionais em imagem, comunicação e marca pessoal, e utiliza a imagem como ferramenta essencial para transmitir valores, credibilidade e propósito.

Sua atuação inclui palestras, treinamentos e consultorias para líderes, executivos e equipes, auxiliando na construção de uma imagem alinhada aos objetivos profissionais. Também é colunista, LinkedIn Creator, stylist da plataforma MYC e atuou como VP de Marketing da AICI Brasil.

Para Clara, a imagem vai além da aparência. É uma poderosa ferramenta de comunicação que conecta a essência de cada pessoa aos seus objetivos. Sua missão é transformar histórias, impulsionar negócios e preparar profissionais para liderarem com confiança e autenticidade.

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