Leandro Henrique Altafim, que está na feira desde 2015, quando a CCXP completou um ano / Gabriel Fernandes/DL
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Quando o assunto é CCXP, já vem à mente celebridades internacionais e nacionais, brindes e até mesmo estandes dos grandes estúdios de Hollywood. Entretanto, um espaço que nunca perdeu seu charme e é considerado um dos maiores do país e da América Latina é o Artists' Valley.
Na edição de 2025, que aconteceu entre os dias 3 e 7 de dezembro, o evento contou com mais de 450 quadrinistas e alguns escritores, cujos espaços estavam divididos em quatro fileiras, divididas em setores do A ao M.
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Entre os presentes, havia não apenas nomes brasileiros de renome, como Gabriel Piccolo, como também nomes de peso internacionais, como Gerry Conway, Frank Martin, Dave McCaig e Nick Dragotta.
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Mas, por se tratar de um evento de grande porte, o espaço ainda contou com nomes do Litoral de São Paulo, como é o caso do mangaká santista Leandro Henrique Altafim, que está na feira desde 2015, quando a CCXP completou um ano e o seu selo “Mangarts Comic Studio” foi criado.
“A Mangarts está fazendo 10 anos em 2025 e há uma relação muito legal com a CCXP, pois ele foi criado um ano depois do evento e, desde então, nós não ficamos mais de fora, inclusive das edições virtuais”, recorda Leandro.
Veterano no evento, que acontece todos os anos na São Paulo Expo, Altafim explica que o evento começou não apenas a dar mais destaque para a área, como também popularizou o interesse do público em obras mais independentes.
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“A CCXP ajudou a fomentar bastante essa área do artista, e isso acabou gerando um crescimento e uma procura maior por esses trabalhos que são muito diversificados”, explicou.
Bastante populares no meio, na região do litoral, os membros da editora Kaiju também marcaram presença no evento pelo segundo ano consecutivo e, assim como Altafim, veem o evento como um contato direto com o público de todo o Brasil.
“Aqui nós temos um público mais cativo, que vem até nós e já pergunta sobre os lançamentos do ano e são menos curiosos”, explicou o quadrinista Clayton InLoco, que, em paralelo, ainda administra a escola de arte Muzz, na Vila Belmiro.
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Já para Mauro de Abreu, participar da CCXP é um dos grandes objetivos do ano. “Para nós é uma vitrine importante do nosso trabalho, e está sendo acima do esperado”, comentou. “Estamos aqui no meio de tantas pessoas premiadas, nomes importantes dos quadrinhos e, aos poucos, estamos fazendo nosso nome aqui.”
Enquanto isso, para Rodrigo Piovezan, estar na CCXP é uma honra por lançar suas obras pelo selo. “Estamos lançando aqui, junto com a Kaiju, obras como ‘O Angoleiro — A Caminho das Nuvens’, que é um projeto que eu e o Milton Santos ganhamos no PROAC HQ 2024, que é um incentivo e fomento da Secretaria de Cultura de São Paulo para a produção de quadrinhos.”
Não são apenas os quadrinhos que tiveram espaço no Artists' Alley da CCXP25, uma vez que alguns profissionais tiveram a oportunidade de lançar seus livros, cujo tema engloba as HQs.
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Lançando o livro “Quadrinhos, Diversidade e Insurgência”, realizado em conjunto por Gabriela Borges e a santista Dani Marino, coordenadora editorial da plataforma Mina de HQ, que procura divulgar os trabalhos de mulheres cis e trans, pessoas não binárias e homens trans, ela vê o evento como algo maior.
“Não é só uma vitrine, mas também é pela validação você ser convidado para um evento deste porte. É um ‘selinho’ das pessoas dizendo ‘olha, você tem um trabalho de qualidade’”, comentou Dani.
Sobre a obra, ela explicou que o trabalho é um manifesto e uma celebração aos 10 anos da Mina de HQ. “No livro temos entrevistas, padrinhos e depoimentos nossos e de pessoas do meio. É um livro bem significativo.”
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