Seguro do mesmo veículo dispara até 166%: veja onde o valor explode no Brasil

Um levantamento da 123Seguro, insurtech referência em inovação digital, mostra que o valor do seguro do Gol, um dos veículos mais populares do país e o usado mais vendido em setembro de 2025, segundo a Fenauto, pode variar até 166% entre as capitais brasileiras.

A discrepância impressiona: enquanto em algumas regiões do Rio de Janeiro o custo ultrapassa R$ 10 mil, em Brasília o valor médio não chega a R$ 2,7 mil.

No ranking nacional, o Rio lidera com média de R$ 6.923,41, podendo ultrapassar os R$ 10 mil em áreas específicas. Em contraste, Brasília registra o menor custo, com R$ 2.600,30.

Também aparecem entre os valores mais altos Boa Vista (R$ 5.670,27) e Recife (R$ 5.065,74), enquanto Campo Grande (R$ 2.712,04) e Aracaju (R$ 2.743,57) figuram entre os mais baixos.

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A disparidade é explicada por fatores como densidade de tráfego, índices de roubo, infraestrutura urbana e custo médio de reparos.

RJ e SP concentram as maiores diferenças internas

O estudo também detalhou a variação por zonas de São Paulo e Rio de Janeiro, revelando que o CEP pode alterar drasticamente o valor final da apólice.

No Rio, que lidera o ranking nacional, a Zona Norte aparece no topo, com apólices que chegam a R$ 10.197,49. A Zona Oeste vem em seguida, com R$ 9.869,72.

A Zona Sul, tradicionalmente mais valorizada, registra média de R$ 7.253,26, enquanto o Centro apresenta o menor valor: R$ 4.308,34 — mais de 2,3 vezes de diferença entre os extremos.

Em São Paulo, o comportamento é semelhante. A média geral é de R$ 3.185,47, mas nas Zonas Leste e Extremo Leste o valor ultrapassa R$ 6.850, mais que o dobro do registrado no Centro.

A Zona Oeste tem média de R$ 4.765,73, enquanto áreas centrais mantêm valores mais acessíveis. No total, o seguro do Gol na capital paulista pode custar até 115% acima, dependendo do bairro.

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Marcelo Biasoli, CEO da 123Seguro no Brasil, explica. “O CEP é um fator central na precificação do seguro, porque resume o comportamento de risco de cada região. Mas ele não atua sozinho — variáveis como o histórico do motorista e as características do veículo também influenciam diretamente no valor”.

Canais digitais dão mais transparência e autonomia ao motorista

Diante de variações tão amplas, plataformas digitais têm ganhado destaque ao permitir que motoristas comparem preços e contratem seguro com mais autonomia.

Apps especializados, bancos digitais, marketplaces e super apps tornaram o processo mais acessível e transparente.

“Antes, o seguro era uma ‘caixa preta’. Hoje, com canais digitais, conseguimos trazer contexto. O motorista entende por que paga determinado valor e consegue comparar com mais clareza”, afirma Biasoli.

Para a 123Seguro, a cotação deixou de ser apenas uma forma de economizar e tornou-se parte essencial da tomada de decisão. “Conectar motoristas às principais seguradoras do país facilita a escolha da proteção ideal com rapidez, transparência e eficiência.”

Com a digitalização do setor e a ampliação das opções no mercado, o consumidor tem mais ferramentas para entender seu perfil, ajustar coberturas e contratar um serviço adequado — mesmo diante das grandes diferenças geográficas que continuam determinando o valor da apólice.