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Por que o cérebro pede menos barulho ao estacionar? Especialistas explicam

Essa atitude tem tudo a ver com o funcionamento do cérebro humano e sua forma de gerenciar a atenção em momentos que exigem foco máximo

Ana Clara Durazzo

Publicado em 18/06/2025 às 15:30

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Embora a música costume ser encarada apenas como um pano de fundo agradável para diferentes momentos do dia, ela representa mais uma informação que o cérebro precisa processar / Freepik

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Para muitas pessoas, estacionar o carro vai além de uma simples manobra: é quase um ritual que envolve muito cuidado e atenção. Embora pareça apenas um hábito curioso, muitas pessoas costumam abaixar o som do carro ao estacionar.

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Essa atitude tem tudo a ver com o funcionamento do cérebro humano e sua forma de gerenciar a atenção em momentos que exigem foco máximo.

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Segundo Victoria Bayón, especialista em otimização cerebral, o cérebro possui uma capacidade limitada para processar informações ao mesmo tempo. Quando nos deparamos com uma situação que exige precisão, como estacionar em um espaço estreito, o organismo busca reduzir estímulos externos para concentrar todos os recursos cognitivos na tarefa. 

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A influência de estímulos sonoros

Embora a música costume ser encarada apenas como um pano de fundo agradável para diferentes momentos do dia, ela representa mais uma informação que o cérebro precisa processar. Isso é ainda mais intenso quando se trata de músicas com letra, já que o conteúdo verbal demanda uma carga extra de atenção.

Segundo Bayón, durante tarefas que exigem precisão, como manobrar o carro, o cérebro tenta filtrar tudo o que considera dispensável naquele momento.

Por isso, é comum que as pessoas abaixem o volume do rádio ou parem de prestar atenção em conversas ao fundo enquanto estacionam. 

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A atenção é um recurso finito

Diversas pesquisas já comprovaram algo que, na prática, todos percebemos: o cérebro não é feito para realizar múltiplas tarefas simultâneas com eficiência. Na verdade, ele alterna rapidamente o foco de atenção entre atividades diferentes, o que acaba comprometendo o desempenho.

Ao estacionar, por exemplo, a pessoa precisa dividir a atenção entre a música, o ambiente ao redor e a própria execução da manobra, o que torna o processo ainda mais difícil.

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O psicólogo Hal Pashler, da Universidade da Califórnia, é um dos pesquisadores que estudaram como o cérebro lida com tarefas simultâneas. Ele demonstrou que, quando exposto a estímulos demais ao mesmo tempo, o cérebro entra em um processo de sobrecarga e passa a alternar o foco rapidamente, o que reduz a capacidade de concentração.

Essa dificuldade de realizar múltiplas tarefas de forma eficiente é observada também em outras situações do dia a dia. Um bom exemplo vem do universo dos games: jogar e manter uma conversa paralela pode ser muito mais difícil do que jogar em silêncio. 

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