Chave para o sucesso da China reside na combinação de estratégia estatal e concorrência acirrada no mercado / Pixabay/Pexels
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Se as montadoras de veículos americanas e europeias passaram a acelerar sua eletrificação, a China está passando por uma grande revolução tecnológica no setor e que já está sendo refletida ao redor do globo.
Durante o podcast People by WTF, Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, afirmou que os modelos elétricos chineses estão "ultrapassando os limites de uma forma nunca vista na indústria automobilística".
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Além de elogiar as inovações de fabricantes como a BYD e a Geely, enfatizou que este é um mercado que ditou o ritmo do desenvolvimento global em menos de uma década.
Suas palavras também são confirmadas por declarações anteriores de executivos de empresas ocidentais, como, por exemplo, Jim Farley, da Ford, que admitiu recentemente que os modelos elétricos chineses estão "muito à frente" de seus concorrentes americanos e europeus em termos de tecnologia veicular, custo-benefício e qualidade.
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De acordo com Khosrowshahi, a chave para o sucesso da China reside na combinação de estratégia estatal e concorrência acirrada no mercado.
"Cada província e cidade quer ter sua própria empresa de veículos elétricos", comentou o CEO, que ainda explicou que há mais de 100 fabricantes operando na China atualmente, o que cria um mercado dinâmico, onde apenas os mais inovadores sobrevivem.
Apenas em 2024, a Uber investiu US$ 300 milhões na fabricante americana Lucid, cujo modelo Gravity EV servirá de base para os futuros táxis-robôs da Uber.
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A parceria com a Waymo, a divisão autônoma da Alphabet (Google), reforça ainda mais a direção que esta plataforma global está tomando: mobilidade sem emissões, mas também sem motoristas.
Os robôs-táxis da Waymo já estão circulando nas cidades de Phoenix, Austin e Atlanta e, recentemente, receberam permissão para testes em Nova York.