A alteração representa uma queda de 45% e beneficiará cerca de 3,4 milhões de motoristas / Pexels/Erik Mclean
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O Paraná dará início a uma mudança significativa no IPVA a partir de 2026. O governo estadual confirmou que a alíquota cobrada dos proprietários de veículos passará de 3,5% para 1,9% sobre o valor venal.
A alteração representa uma queda de 45% e beneficiará cerca de 3,4 milhões de motoristas, consolidando o menor percentual de cobrança do Brasil.
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O impacto para o bolso do contribuinte é expressivo. Tomando como exemplo o Volkswagen T-Cross, produzido no próprio Estado, a diferença é clara: segundo a tabela Fipe, a versão Sense 2026 custa R$ 115.200.
Em São Paulo, onde a alíquota é de 4%, o imposto sobre o modelo chega a R$ 4.608. Já no Paraná, com a nova taxa de 1,9%, o valor cai para R$ 2.188,80.
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A economia ultrapassa R$ 2,4 mil, praticamente metade da quantia desembolsada em território paulista.
Um veículo avaliado em R$ 50 mil, que hoje gera R$ 1.750 de IPVA, passará a ter cobrança de R$ 950 em 2026. Estima-se que mais de 68% da frota paranaense esteja nessa faixa de valor.
Atualmente, o Estado possui 4,1 milhões de veículos tributados, e 83% deles serão contemplados pela redução.
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Os maiores beneficiados são os automóveis de passeio, com mais de 2,5 milhões de unidades alcançadas pela nova alíquota. A lista inclui ainda motocicletas (268,7 mil), caminhonetes (244,7 mil) e camionetas (225,1 mil).
A redução não atinge todos os segmentos. Ônibus, caminhões, utilitários de carga, veículos movidos a GNV e aqueles utilizados para aluguel seguem tributados em 1%, conforme já previsto em lei.
O cálculo do imposto continuará baseado na tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), atualizada anualmente de acordo com os preços médios praticados no Estado.
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Se você é idoso, saiba que pode ter direito à isenção do IPVA.
Para equilibrar a queda na arrecadação, o governo estadual já prevê ajustes. Entre as medidas está a aplicação de multa maior para quem atrasar o pagamento do imposto: o percentual, que hoje é de 10%, passará para 20% em 2026.
Outra expectativa é recuperar parte da receita com veículos que hoje são registrados em estados vizinhos, como Santa Catarina, onde a alíquota é de 2%.
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