Não é segredo que o trânsito ainda gera muitas dúvidas / Freepik
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Não é segredo que o trânsito ainda gera muitas dúvidas para quem participa ativamente do fluxo nas ruas e estradas do país.
A falta de conhecimento sobre as leis e normas de circulação contribui diretamente para o alto número de infrações registradas no Brasil — que ultrapassaram a marca de 75 milhões em 2024, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).
Pensando nisso, Laura Diniz, especialista em Direito de Trânsito e diretora de operações da SÓ Multas — empresa especializada em soluções para motoristas —, elaborou uma série de orientações e boas práticas que podem (e devem) ser adotadas no dia a dia para tornar o trânsito mais seguro, consciente e menos sujeito a penalidades.
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Uma das tecnologias que mais prendem a atenção da população pode também ser um facilitador na geração de multas e, até mesmo, ocasionar uma fatalidade no trânsito. “O uso do celular ao volante é hoje uma das principais causas de acidentes urbanos. Mesmo poucos segundos de distração podem ser fatais. A atenção total à direção é um fator decisivo para preservar vidas no trânsito”, explica Laura.
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a especialista pontua que “os limites não são arbitrários”, ou seja, “sua definição acontece com base em estudos técnicos que consideram o fluxo, a estrutura da via e a segurança dos usuários”. Dessa forma, ultrapassar o permitido dentro de rodovias e estradas, além da infração em si, faz com que o tempo de reação seja ainda menor – e, consequentemente, aumenta a gravidade de eventuais colisões.
Segundo a PRF, o Brasil registrou mais de 3,5 mil acidentes de trânsito relacionados ao consumo de álcool entre janeiro e novembro do ano passado – um aumento de 7% em relação a 2023. “Álcool e direção são absolutamente incompatíveis. Mesmo em pequenas quantidades, o álcool compromete o tempo de reação e o julgamento do condutor. A orientação é clara: se for beber, use transporte por aplicativo ou tenha um motorista designado”, afirma Diniz.
Ela ainda ressalta que, apesar da infração, muitos condutores não checam os itens obrigatórios antes de iniciarem seus trajetos. “Equipamentos, como o triângulo, o macaco, e os cintos de segurança, não estão ali por formalidade. São dispositivos essenciais em situações de emergência e sua ausência, além de infração, representa risco direto à segurança”, diz.
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Além do desrespeito em si, estacionar em rampas de acesso ou vagas destinadas a pessoas com deficiência e idosas é um ato ilegal, previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Laura reforça que “as vagas garantem mobilidade e acessibilidade. Logo, bloqueá-las é um direito de ir e vir do cidadão”.