Nem sempre o veículo é recuperado, uma vez que até os rastreadores podem ser bloqueados / KoolShooters/Pexels
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Os furtos de carros são realizados das mais distintas maneiras. Seja por meio de pé de cabra, lima ou cordinha. No entanto, uma nova técnica usada contra os veículos modernos se mostrou como uma facilitação para os criminosos e é conhecida como 'capetinha'.
Estes itens eletrônicos facilitam a vida dos criminosos que, muitas vezes, precisam de menos de um minuto para levar o automóvel embora. E nem sempre ele é recuperado, uma vez que até os rastreadores podem ser bloqueados.
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Criado para bloquear os sinais de celulares em lugares seguros, especialmente presídios, o dispositivo pode ser achado facilmente em sites de comércio eletrônico, a despeito de seu uso ser proibido sem a homologação e permissão da Anatel.
Além da função original, o aparelho também é capaz de "embaralhar" o sinal dos rastreadores automotivos, o que não só facilita o furto, como também o desmanche do modelo.
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Em conjunto com o 'capetinha', os criminosos também usam outro aparelho de nome curioso, o 'vassourinha'. Seu uso faz com que ele detecte onde está o rastreador, o que facilita na hora de retirá-lo e permite dispensar o bloqueio permanente das frequências dele.
Ambos os recursos citados permitem sua realização sem fazer tudo sem abrir o carro, no entanto, alguns ladrões também conseguem levar o carro, basta abrir o capô. Nele estão diversos componentes integrados.
Como tudo funciona com base na CAN (Controller Area Network), uma rede local que conecta a eletrônica do automóvel, uma vez que um dispositivo simples seja conectado à central de controle do motor, dar partida será fácil.
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Outros modelos podem permitir o acesso por dentro, no caso, com o uso de USB, uma antiga vulnerabilidade de automóveis da Kia e da Hyundai que foi muito explorada no passado.
Há também uma saída OBD, ferramenta criada para permitir o diagnóstico eletrônico do veículo. Inclusive, nem sempre há um firewall (tipo de barreira de segurança), dado que os sistemas integrados na rede CAN partem do princípio de que a comunicação entre eles é segura.
Porém, estes dispositivos exigem que o criminoso entre no carro.
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Em média, 147 ocorrências diárias de roubo e furto de veículos foram registradas em 2024 na Região Metropolitana de São Paulo. Desse total, 80,43% foram furtos, um aumento de 5,8% na proporção em relação a 2023, quando os furtos representavam 75,99% dos casos.
Os dados são do levantamento da Ituran Brasil, líder em tecnologia veicular, com base em informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP).
Mas nem todos os índices são ruins. Apesar do crescimento dos casos de furtos, o número total de ocorrências apresentou uma queda de 16,88%, passando de 64.663 registros em 2023 para 53.742 em 2024.
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Entre os modelos mais visados, o Hyundai HB20, que ocupava a quinta posição em 2023, tornou-se o carro mais roubado e furtado em 2024, mesmo com uma redução no número absoluto de ocorrências. Na sequência, aparecem o Volkswagen Gol, o Chevrolet Corsa e o Chevrolet Onix.
Com informações do UOL.