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Carros elétricos: mito ou verdade que a bateria custa metade do carro?

Com o aumento das vendas de veículos elétricos e híbridos no Brasil, uma das principais dúvidas dos consumidores gira em torno da durabilidade das baterias

Ana Clara Durazzo

Publicado em 15/08/2025 às 09:00

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A vida útil média de uma bateria de lítio em um carro elétrico é de 10 a 20 anos em condições normais de uso e o desgaste é inevitável, porém lento / Reprodução

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Com o aumento das vendas de veículos elétricos e híbridos no Brasil, uma das principais dúvidas dos consumidores gira em torno da durabilidade das baterias. A preocupação não é à toa: esse componente pode representar até 50% do valor total do veículo.

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Mas será que elas 'viciam', como acontece com celulares, e perdem eficiência rapidamente? 

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Vida útil média de 10 a 20 anos

As baterias de íons de lítio, usadas na maioria dos carros eletrificados, são projetadas para durar entre 10 e 20 anos, ou de 160.000 a 240.000 km rodados, segundo fabricantes e associações do setor. Embora percam gradualmente parte da capacidade de armazenamento, a taxa de degradação é relativamente baixa — cerca de 1 a 3% ao ano.

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A vida útil média de uma bateria de lítio em um carro elétrico é de 10 a 20 anos em condições normais de uso e o desgaste é inevitável, porém lento.

O que reduz a vida útil

Vários fatores influenciam no desempenho e na longevidade da bateria:

Estilo de condução: acelerações bruscas e frenagens constantes aumentam o consumo de energia.

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Clima: temperaturas muito altas ou baixas afetam a capacidade de armazenar energia.

Uso de acessórios: ar-condicionado, aquecedores e sistemas de entretenimento consomem energia da bateria.

Carregamento: manter a bateria constantemente em 100% ou deixá-la zerar acelera a degradação. O ideal, segundo especialistas, é carregar sempre entre 20% e 80%.

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Garantia e substituição

As montadoras oferecem garantias de 8 a 10 anos para as baterias, ou até que a capacidade caia abaixo de 70% da original. Tesla e BYD chegam a garantir até 240.000 km.

Um estudo da empresa norte-americana Recurrent, com 15 mil veículos elétricos, mostrou que apenas 1,5% das baterias precisaram ser substituídas fora de recalls — como os do Chevrolet Bolt e do Hyundai Kona. A pesquisa também revelou que a degradação não é linear: há uma queda inicial, seguida de um longo período de estabilidade.

Exemplos práticos reforçam a durabilidade. Modelos pioneiros, como o Tesla Model S (2013–2015) e o Nissan Leaf (2011–2012), seguem em circulação com índices relativamente baixos de substituição de baterias, mesmo após mais de uma década de uso.

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Reciclagem e segunda vida

Mesmo quando a bateria perde eficiência para a tração veicular, ela não se torna lixo imediato. Muitas são reaproveitadas em sistemas de armazenamento de energia, como painéis solares, ou recicladas para recuperar materiais valiosos, como lítio e cobalto.

O futuro das baterias

Embora não haja dados definitivos — afinal, os carros elétricos ainda são relativamente recentes —, os sinais são positivos. As evidências sugerem que as baterias duram muito mais do que se imaginava no início da popularização desses veículos.

Cuidados simples e tecnologias de gerenciamento são uma forma de manter o carro eficiente por mais tempo.

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