Saiba quanto custa para ter essas jóias na sua garagem / Freepik
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Nos anos 1980, o mercado automotivo brasileiro viveu uma transformação. Modelos nacionais começaram a receber equipamentos até então exclusivos de carros importados, como teto solar, direção hidráulica e painel digital.
Décadas depois, cinco desses carros seguem chamando atenção de colecionadores e entusiastas.
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Escort, Parati, Del Rey, Santana e Monza representam a ousadia da indústria nacional da época, e continuam valorizados pelo estilo, raridade e legado tecnológico.
Conheça também os carros clássicos que eram o sonho de consumo dos pais antigamente.
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Lançado em 1983, o Ford Escort foi um marco da ideia de “carro mundial” no país. Inspirado no projeto europeu, o modelo chegou com linhas modernas, carroceria hatch e soluções técnicas que mudaram o padrão dos compactos da época. A proposta esportiva e o bom desempenho o tornaram um sucesso imediato.
No fim da década, a parceria da Ford com a Volkswagen (Autolatina) trouxe os motores AP 1.8, que substituíram o CHT 1.6 e deram ao Escort desempenho mais ágil. Além disso, itens antes exclusivos de importados começaram a aparecer, como rodas de liga leve, ar-condicionado e bancos esportivos.
Mas o que realmente surpreendeu foi a presença de teto solar em algumas versões, um item considerado luxo nos anos 1980. Hoje, é justamente esse detalhe que o torna um dos clássicos mais desejados por colecionadores que valorizam originalidade e estilo.
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E falando sobre carros e listas, conheça os que são 'blindados de defeitos'. Esses veículos raramente precisam de conserto, dizem mecânicos.
Apresentada em 1982 como derivação do Gol, a Volkswagen Parati conquistou o público por unir praticidade, espaço interno e confiabilidade mecânica. Seu design sóbrio e motor AP ajudaram a consolidar a imagem de carro resistente, ideal para o uso familiar e para longas viagens.
Mesmo nas versões básicas, a posição de dirigir e o acabamento eram bem resolvidos para a época. As configurações mais completas ofereciam rodas de liga leve e bancos esportivos, diferenciais que a destacavam em um mercado dominado por carros simples.
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Quarenta anos depois, a Parati ainda é uma das favoritas de quem procura um clássico acessível, fácil de manter e com boa oferta de peças. Não à toa, é comum encontrá-la em encontros de antigos ou até rodando no dia a dia, preservando sua vocação prática.
Criado como versão de luxo do Corcel II, o Ford Del Rey rapidamente ganhou identidade própria. Suas linhas sóbrias e interior espaçoso posicionaram o modelo como uma opção sofisticada para famílias e executivos que valorizavam conforto e discrição.
O isolamento acústico acima da média, aliado aos motores 1.6 e 1.8, proporcionava uma experiência de rodagem mais silenciosa e suave. Direção hidráulica, vidros elétricos e ar-condicionado eram diferenciais que reforçavam a sensação de requinte.
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Hoje, o Del Rey segue como uma referência entre os sedãs clássicos nacionais. Bem conservado, oferece um passeio tranquilo e elegante, evocando uma época em que o luxo se media por detalhes sutis e acabamento caprichado.
Lançado em 1984, o Volkswagen Santana trouxe ao país a plataforma B2 desenvolvida pela Audi, e isso fez toda a diferença. Com motor 2.0, ergonomia exemplar e estrutura sólida, o modelo elevou o patamar dos sedãs médios nacionais, oferecendo uma sensação de sofisticação rara na época.
A versão GLS foi a que mais se destacou, com acabamento refinado, direção hidráulica, ar-condicionado e bancos de veludo. Esses elementos, somados ao desempenho consistente, deram ao Santana o status de “carro de respeito” nas garagens dos anos 1980.
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Atualmente, o Santana é um dos modelos mais valorizados entre colecionadores que procuram tecnologia de época e mecânica confiável. Sua ligação com a engenharia alemã é um ponto extra para quem aprecia história automotiva.
O Chevrolet Monza, lançado em 1982, rapidamente se tornou um dos sedãs mais desejados do Brasil. Líder de vendas em meados da década, unia conforto, espaço e acabamento de qualidade. Era o carro ideal tanto para o uso urbano quanto para longas viagens.
Nas versões SL/E, o Monza oferecia direção hidráulica, ar-condicionado e bancos de veludo, luxos consideráveis para o mercado nacional da época. Mas seu maior destaque ficou por conta das séries especiais com painel digital, um verdadeiro símbolo de modernidade no início dos anos 1990.
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Essa inovação tecnológica fez do Monza um ícone. Hoje, encontrar um exemplar com painel original em bom estado é uma raridade valorizada no mercado de clássicos. Além disso, sua mecânica simples e abundância de peças tornam a manutenção mais acessível.
Antes de comprar um carro dessa época, é fundamental avaliar estado de conservação, originalidade e histórico de manutenção. Itens raros, como teto solar ou painel digital, agregam valor, mas também exigem mais atenção na verificação do funcionamento.
Para quem busca um clássico para rodar com certa frequência, Parati e Monza costumam ser boas escolhas por oferecerem conforto e manutenção relativamente simples. Já quem procura exclusividade pode focar em um Santana 2.0 ou Escort bem preservado.
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Independentemente do modelo, revisões preventivas e atenção à parte elétrica são essenciais para evitar surpresas. Esses carros têm décadas de história, e é justamente isso que os torna especiais.
Os preços dos modelos variam bastante conforme estado, quilometragem e nível de originalidade. Exemplares bem preservados podem custar significativamente mais, especialmente se mantêm pintura e interior originais.
Por outro lado, carros que necessitam de funilaria ou reparos em equipamentos raros podem gerar custos adicionais relevantes. Além disso, componentes eletrônicos e itens exclusivos dos anos 1980 podem ser difíceis de substituir.