Embora os resultados ainda estejam em estágio preliminar, eles já indicam efeitos promissores / Divulgação/Wikipedia
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Imagine um cogumelo com uma aparência pouco convencional, mais parecida com uma juba de leão, e que oferece benefícios para o cérebro, a memória e até mesmo para a ansiedade.
Esse cogumelo existe e se chama Hericium erinaceus, conhecido popularmente como juba-de-leão. Trata-se de uma espécie comestível que se desenvolve em madeira em decomposição.
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A juba-de-leão tem ganhado atenção científica pelos possíveis efeitos positivos no sistema nervoso. Pesquisas recentes vêm investigando o potencial desse fungo na melhora das funções cognitivas, na redução do estresse e no tratamento de quadros de depressão e ansiedade.
Embora os resultados ainda estejam em estágio preliminar, eles já indicam efeitos promissores.
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Saiba também como cultivar plantas que vão reduzir sua ansiedade e melhorar o seu sono.
O segredo está na composição bioativa da juba-de-leão. Compostos como hericenonas e erinacinas têm a capacidade de estimular a produção do fator de crescimento nervoso (NGF) — uma proteína essencial para a manutenção, o desenvolvimento e a sobrevivência dos neurônios.
Embora grande parte dos estudos tenha sido realizada em camundongos, algumas pesquisas clínicas em humanos também mostraram resultados encorajadores. Um exemplo é um estudo japonês de 2009, que envolveu 30 idosos com comprometimento cognitivo leve. Aqueles que consumiram 250 mg de extrato de juba-de-leão por dia, durante quatro semanas, apresentaram melhora significativa na função cognitiva em comparação ao grupo placebo.
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Outro estudo, publicado em 2020, avaliou os efeitos do cogumelo em mulheres na pós-menopausa. As participantes que tomaram suplementos de juba-de-leão relataram redução nos sintomas de ansiedade, depressão e distúrbios do sono.
Veja também que uma psicóloga já explicou como a ansiedade afeta a saúde mental.
Apesar dos dados encorajadores, os cientistas alertam que mais pesquisas são necessárias, com amostras maiores e metodologias mais rigorosas, para confirmar a eficácia e a segurança do uso prolongado da juba-de-leão.
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Além disso, os suplementos desse cogumelo não são regulamentados como medicamentos em muitos países. Isso significa que sua composição pode variar, e nem sempre conter a quantidade adequada de compostos ativos.
Outro ponto importante: o uso da juba-de-leão não substitui tratamentos médicos convencionais. Especialistas recomendam cautela e o acompanhamento profissional antes de iniciar qualquer suplementação.
Apesar das limitações, a juba-de-leão tem despertado entusiasmo entre pesquisadores da neurociência, principalmente por sua capacidade de estimular o cérebro de forma natural.
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Seja como ingrediente culinário ou como suplemento alimentar, esse cogumelo vem se mostrando uma alternativa promissora para quem busca mais saúde mental e clareza cognitiva — desde que usado com responsabilidade e orientação adequada.