Relevo plano, desigualdade e ocupação intensa colocam a capital no centro da crise climática brasileira. / Reprodução/ Unsplash
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Recife, a capital mais antiga do Brasil, é também uma das mais ameaçadas pela elevação do oceano. Pesquisas internacionais a posicionam como a 16ª cidade do mundo mais exposta a esse risco.
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Fatores como relevo plano, alta densidade populacional e desigualdade social intensificam a vulnerabilidade. Especialistas esclarecem que a cidade não será submersa, mas enfrentará problemas sérios e imediatos.
Em 2019, o município decretou situação de emergência climática e inseriu o assunto no currículo escolar, com o objetivo de alertar a comunidade sobre os efeitos já visíveis. Tanto zonas muito habitadas quanto o patrimônio cultural próximo ao litoral já sofrem consequências, exigindo medidas contínuas de adaptação.
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De acordo com o professor Marcus Silva, da UFPE, o nível médio do mar subiu até 40 cm no último século. Em entrevista ao Diário da Região, ele explica que as consequências dependem do contexto geográfico de cada local. Recife, por estar quase ao nível do oceano e próxima a estuários, é particularmente afetada. Outras capitais litorâneas, por serem mais elevadas, correm menos perigo.
Os estudiosos enfatizam que a mudança é rápida, mas não significa o desaparecimento de centros urbanos. A expectativa é de dificuldades progressivas relacionadas a transporte, infraestrutura e habitação.
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Entre as propostas analisadas está o reforço de partes do litoral, como o alargamento da Praia de Boa Viagem. Iniciativas semelhantes já foram realizadas em municípios próximos com êxito.
Os especialistas argumentam que o planejamento urbano deve incorporar a coexistência com a água. Recife, entrecortada por rios e canais, precisa reordenar sua ocupação territorial.
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