Quando se fala em Minas Gerais, é comum pensar em pão de queijo quentinho, nas ladeiras históricas de Ouro Preto e no sotaque acolhedor que é marca registrada do estado / Reprodução/pedraspreciosas.tur.br
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Quando se fala em Minas Gerais, é comum pensar em pão de queijo quentinho, nas ladeiras históricas de Ouro Preto e no sotaque acolhedor que é marca registrada do estado. Mas, por trás do ciclo do ouro que conhecemos dos livros de história, existe um brilho diferente, e ainda mais colorido, que segue vivo nas montanhas mineiras.
Trata-se de um tesouro natural que coloca o Brasil no mapa mundial da joalheria: a rota das pedras preciosas, um roteiro que percorre cidades onde nascem algumas das gemas mais raras do planeta, como a água-marinha e a turmalina Paraíba.
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O coração dessa rota pulsa no nordeste de Minas Gerais, especialmente nos vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Diferente do tradicional circuito histórico, essa viagem é uma imersão cultural em comunidades que vivem há gerações da mineração de gemas, uma tradição que mistura sorte, técnica e paixão pela terra.
As paradas obrigatórias incluem Teófilo Otoni, conhecida como a “Capital Mundial das Pedras Preciosas”, e Governador Valadares, importante centro de comércio de gemas. Nessas cidades, o garimpo e a lapidação fazem parte da identidade local. Já em Coronel Murta e Itinga, o destaque fica para as turmalinas, algumas tão raras que figuram entre as mais valorizadas do mundo.
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Viajar por esse roteiro é vivenciar muito mais do que vitrines reluzentes. É conhecer de perto o trabalho artesanal que transforma o subsolo em arte e ouvir as histórias de quem dedica a vida a esse ofício.
Explorar a rota das pedras preciosas exige um pouco de planejamento. A melhor maneira de conhecer as cidades é viajar de carro, o que permite visitar minas afastadas e vilarejos pitorescos.
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A estação seca, entre abril e setembro, é a época ideal para ir, já que o acesso às áreas rurais fica mais fácil. Ao comprar pedras, prefira comerciantes certificados e cooperativas locais. Sempre peça o certificado de autenticidade e desconfie de preços muito baixos, neste mercado, o conhecimento é o seu maior aliado.
Mais do que uma caça ao tesouro, percorrer essa rota é descobrir o lado mais autêntico e colorido de Minas Gerais. É uma viagem pela história geológica e humana do estado, onde cada pedra carrega um fragmento da cultura e da vida local.
No fim, o ouro pode até ter perdido o protagonismo, mas o brilho de Minas continua, agora refletido em tons de azul, verde e rosa, nas gemas que encantam o mundo e revelam o verdadeiro tesouro do povo mineiro.
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