Turismo

Rotas inéditas vão unir neve e mar no Sul e criar uma nova fronteira turística em 2026

Ppavimentação das serras da Rocinha e do Faxinal promete encurtar distâncias entre litoral, cânions e regiões de neve no Sul do Brasil

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 30/11/2025 às 13:13

Atualizado em 30/11/2025 às 14:22

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Serra do Faxinal já ultrapassa 85% de execução e tem entrega prevista para o primeiro semestre de 2026 / Divulgação/PMPG

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As obras nas serras da Rocinha e do Faxinal, aguardadas por décadas por catarinenses e gaúchos, avançam para transformar o mapa turístico do Sul do Brasil.

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Quando forem inauguradas, em 2026, essas duas rotas históricas deverão consolidar um corredor inédito entre litoral, cânions e áreas de neve, aproximando definitivamente Santa Catarina e Rio Grande do Sul em um circuito integrado que une paisagens extremas e culturas complementares.

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A pavimentação da Serra da Rocinha, na BR-285 entre Timbé do Sul e São José dos Ausentes (RS), somada à obra da Serra do Faxinal, na SC-290 entre Praia Grande e Cambará do Sul, cria um eixo paralelo que, embora não seja conectado por uma mesma estrada, funciona como um corredor conjunto.

Ambas avançam pela mesma cadeia de montanhas da Serra Geral e passam a distribuir o fluxo turístico entre o litoral catarinense, os cânions dos parques nacionais e as regiões serranas marcadas por frio intenso e episódios de neve.

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Serra do Faxinal entra na fase final das obras

A Serra do Faxinal já ultrapassa 85% de execução e tem entrega prevista para o primeiro semestre de 2026. Com investimento de R$ 76 milhões do programa Estrada Boa, o projeto compreende pavimentação em concreto, drenagem moderna e um conjunto de estruturas de contenção que reforçam a segurança em uma estrada decisiva para o deslocamento entre os dois estados.

A importância da rota vai além do turismo, servindo como alternativa logística para o escoamento da produção regional, mas é no segmento turístico que a expectativa é maior, principalmente pela proximidade com os enormes paredões dos Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral, administrados pelo ICMBio.

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A região formada por municípios como Praia Grande, Jacinto Machado, Timbé do Sul e Morro Grande, no lado catarinense, e por Cambará do Sul, no lado gaúcho, atrai milhares de visitantes interessados em aventura, trilhas, rapel, quadriciclo, cavalgadas e experiências imersivas em meio à natureza.

A conclusão da estrada ampliará o acesso para quem busca o charme gelado das montanhas, especialmente após episódios recentes de neve registrados em São José dos Ausentes e Cambará do Sul.

Também fortalecerá a ligação com Gramado e Canela, dois dos destinos mais visitados da Serra Gaúcha, consolidando um trajeto mais rápido entre os cânions e as cidades turísticas mais estruturadas da região.

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Serra da Rocinha: o sonho que se arrastou por 70 anos

Enquanto a Serra do Faxinal está quase pronta, a Serra da Rocinha avança em fases distintas. No trecho catarinense, mais complexo e ao mesmo tempo mais adiantado, a previsão de inauguração é março de 2026.

Trata-se de uma obra aguardada há mais de sete décadas e que envolve intervenções delicadas, como a construção de uma contenção de cerca de 50 metros de altura projetada para evitar deslizamentos e dar segurança total aos usuários.

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O investimento nessa etapa supera R$ 62 milhões e inclui pavimentação adicional de trechos da rodovia.

O lado gaúcho da BR-285, situado em São José dos Ausentes, tem menos de 40% de execução, mas o avanço é considerado rápido porque o terreno é relativamente plano.

A entrega está prevista para o segundo semestre de 2026. A parte mais complexa é uma ponte monumental sobre o Rio das Antas, com mais de 400 metros de extensão e quase 60 metros de altura, considerada um dos desafios de engenharia mais significativos da obra. O conjunto total será concluído com recursos do Novo PAC, que garantiu R$ 120 milhões para a etapa final.

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Uma rodovia que corta o Brasil e cria novas oportunidades

A BR-285 é uma rodovia estratégica que cruza o país de leste a oeste, entre Araranguá (SC) e São Borja (RS), na fronteira com a Argentina.

Sua conclusão no trecho da Serra da Rocinha abrirá uma rota facilitada para turistas e motoristas argentinos que buscam as praias catarinenses, fortalecendo a integração internacional e impulsionando o turismo e o comércio.

Na divisa entre Timbé do Sul e São José dos Ausentes, o trajeto pelas montanhas oferece paisagens que beiram os 1.230 metros de altitude e mirantes naturais que revelam vistas panorâmicas dos paredões da Serra Geral.

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A pavimentação é apontada como uma megaobra devido ao impacto direto na mobilidade e na logística, especialmente para setores como o moveleiro, o metalúrgico, o de grãos e o frigorífico. Além disso, cria uma nova alternativa de acesso ao Porto de Imbituba, fortalecendo o escoamento da produção catarinense rumo ao litoral.

Um novo corredor turístico para 2026

Com a Serra do Faxinal e a Serra da Rocinha prontas, Santa Catarina e Rio Grande do Sul ganharão um corredor turístico sem precedentes, combinando mar, cânions, campos de altitude e regiões onde a neve é presença frequente nos meses mais frios.

Será um convite para viajantes que buscam diversidade de paisagens em uma mesma viagem e para cidades que, interligadas por essas obras históricas, terão oportunidades inéditas de desenvolvimento econômico, cultural e turístico.

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