O passeio de trem mais charmoso do Brasil percorre 27 cidades e paisagens lindas / Imagem gerada por IA/Google Gemini
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Imagine entrar num trem, acomodar a mochila, encostar a cabeça no vidro e deixar o Brasil passar como um filme: por cerca de 16 horas, a paisagem vai trocando de cenário sem pedir licença, enquanto você cruza dezenas de municípios entre Maranhão e Pará.
O Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Carajás é apontado como o trajeto mais longo do país nesse tipo de serviço e, por isso, virou desejo recorrente de quem quer ir além do ônibus e do avião.
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O percurso conecta o entorno de São Luís (MA) à região de Carajás, no Pará, atendendo paradas ao longo de 27 municípios. Os principais pontos de embarque citados por quem usa a linha com frequência ficam em São Luís, Santa Inês e Açailândia, no Maranhão, e em Marabá e Parauapebas, no Pará.
A graça desse caminho não é só “chegar”. Entre um trecho e outro, o que faz a viagem render assunto é o Brasil que aparece pela janela: áreas verdes, cidades menores que surgem e somem, pontes, trechos de mata e aquele clima de travessia longa, em que o tempo desacelera. A distância total da ferrovia chega perto dos 900 km, e o trajeto de passageiros costuma ser descrito como uma jornada de cerca de 860 km, dependendo do recorte adotado pelas fontes.
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Por dentro, o trem não é “aventura raiz” no sentido desconfortável da palavra. Os carros têm ar-condicionado, banheiros e estrutura para fazer a viagem sem depender de paradas demoradas. Para quem gosta de “upgrade”, há classe executiva, com poltronas mais largas e maior reclinação; na econômica, a configuração é mais simples, mas ainda pensada para aguentar o percurso. No meio disso tudo, entra o que salva qualquer viagem longa: lanchonete e serviço de alimentação, para evitar que a fome vire personagem principal.
A acessibilidade também aparece como um ponto importante da operação. Há carro dedicado ao embarque de pessoas que usam cadeira de rodas, e a empresa orienta a compra correta desse tipo de bilhete para evitar problemas no embarque. Na prática, é o tipo de detalhe que mostra que a linha não serve apenas ao turismo “instagramável”, mas também a deslocamentos essenciais de quem vive na região.
A Vale, concessionária responsável pela linha, vende passagens pela internet e em pontos de venda/estações ao longo do trajeto. Como o bilhete é nominal, o passageiro precisa preencher os dados com atenção e apresentar documento oficial com foto no embarque. A regra é simples: sem documento válido, a viagem pode acabar antes mesmo da plataforma.
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E tem mais: existem políticas específicas para crianças, idosos e benefícios previstos em lei. Crianças pequenas podem ter gratuidade (com regras), e há previsões de gratuidade ou desconto na classe econômica para idosos com renda dentro do critério, além de condições voltadas ao programa de “jovem de baixa renda”. Isso tudo pesa no bolso e ajuda a explicar por que o trem é tão disputado.
Como a viagem é longa, a logística não termina no “comprei e fui”. A própria orientação é planejar. Além das regras de compra e documentação, há recomendações sobre bagagem, inclusive com limites de peso e restrições para itens volumosos. O objetivo é evitar que o vagão vire um “frete improvisado” e manter o embarque organizado, especialmente em períodos de maior movimento.
É aqui que entra o aviso em letras grandes: esse não é o tipo de passeio para decidir em cima da hora. A venda costuma abrir com antecedência de até 45 dias, e a recomendação é garantir o bilhete o quanto antes, porque a procura costuma ser alta. Em feriados, férias e datas concorridas, o trem vira quase um evento com hora marcada, e a passagem some rápido.
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