O Hotel Cecil carrega consigo uma história sinistra / Imagem gerada por IA
Continua depois da publicidade
No coração do centro de Los Angeles, entre arranha-céus e luzes de néon, ergue-se um prédio que parece carregar uma maldição: o Hotel Cecil. Inaugurado em 1927, o lugar foi pensado para ser um refúgio de luxo para viajantes e executivos, mas acabou se tornando um dos endereços mais sombrios da história americana, marcado por crimes, tragédias e mistérios que desafiam explicações até hoje.
Nos primeiros anos, o Cecil era sinônimo de elegância — mármore no saguão, vitrais art déco e serviço de primeira. Mas, com a Grande Depressão, a região ao redor do hotel entrou em declínio, transformando-se na atual Skid Row, uma das áreas mais pobres e perigosas de Los Angeles. A partir daí, começaram as histórias macabras: suicídios, assassinatos e aparições misteriosas fizeram parte da rotina do edifício.
Continua depois da publicidade
Durante as décadas de 1980 e 1990, o local chegou a abrigar serial killers famosos, como Richard Ramirez, o “Night Stalker”, e Jack Unterweger, condenado por múltiplos assassinatos. Para muitos, o Cecil parecia atrair o mal — uma reputação que cresceu com o passar dos anos.
O episódio mais conhecido ocorreu em 2013, com a morte da estudante canadense Elisa Lam. Ela desapareceu após ser filmada por câmeras de segurança do elevador, agindo de forma estranha. Dias depois, seu corpo foi encontrado dentro da caixa d’água do hotel. O caso ganhou repercussão internacional e inspirou documentários, teorias sobrenaturais e produções da Netflix, consolidando de vez o nome do Cecil como um dos lugares mais assustadores do planeta.
Continua depois da publicidade
Apesar da fama sombria, o prédio não foi demolido. Pelo contrário: após anos fechado, o edifício passou por reformas e reabriu parcialmente em 2021. Hoje, ele é conhecido como “Stay on Main”, funcionando em parte como residência de moradia acessível, voltada a programas sociais da cidade de Los Angeles.
O local não recebe hóspedes comuns desde 2017, mas mantém parte de sua estrutura preservada — incluindo a famosa fachada e o lobby original. Algumas áreas ainda estão interditadas, e visitas turísticas não são oficialmente permitidas. Mesmo assim, o prédio continua atraindo curiosos, youtubers e turistas que se reúnem do lado de fora para registrar fotos e vídeos do “hotel amaldiçoado”.
Mais de 90 anos depois da sua inauguração, o Hotel Cecil continua sendo um símbolo de fascínio e medo — uma mistura rara de história, tragédia e mistério que faz dele o hotel mais macabro dos Estados Unidos.
Continua depois da publicidade
*Fontes consultadas: Los Angeles Times, CNN, BBC, Netflix (“Crime Scene: The Vanishing at the Cecil Hotel”), Time Out Los Angeles e Visit California