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Turismo

Fernando de Noronha reabre para o turismo

Ilha já pode receber visitantes, com restrições de voos, mas não é só para evitar a Covid

Gazeta de S. Paulo

Publicado em 18/10/2020 às 17:33

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BAÍA DOS PORCOS. Tem apenas 100 metros de extensão, mas tamanho não é problema: o local foi eleito como uma das praias mais bonitas do Brasil. / Daniel Villaça/Gazeta de S.Paulo

Por Vanessa Zampronho

As ilhas formam um conjunto vistoso: são 21 ilhas, ilhotas ou formações vulcânicas. Famosa pelas belezas naturais únicas, o arquipélago esteve fechado por mais de seis meses, devido à pandemia, e reabriu em 10 de outubro, mas nada será como antes.

As restrições impostas pelo coronavírus são uma constante: há a obrigação do uso de máscaras, da realização dos exames RT-PCR (o do cotonete) para entrar na ilha, o distanciamento social, e a diminuição na quantidade de voos e passageiros que podem visitar o lugar.

Essa redução não tem somente o intuito de evitar que os moradores contraiam a doença, mas também de manter a preservação da ilha. Há um limite de passageiros que podem desembarcar por ano no local. De acordo com o plano de manejo da área de proteção ambiental de Fernando de Noronha, feito em 2017, a ilha pode receber até 89 mil visitantes por ano. Mas algumas brechas na lei permitiram que até 150 mil pessoas pudessem desembarcar na ilha. Com a retomada restritiva das atividades, a ideia é reduzir mesmo o número de turistas. Se você pretende ir até Fernando de Noronha nos próximos meses, já pode fazer suas reservas com antecedência: são menos voos, menos quartos disponíveis nas pousadas e menos pessoas permitidas por dia na ilha. Precisa também pagar online a taxa de preservação ambiental, cobrada obrigatoriamente para os turistas. Por dia, essa taxa custa R$ 75,93, e o link para pagamento está no www.noronha.pe.gov.br.

Outra obrigação é fazer o teste RT-PCR na véspera do embarque. Caso o turista fique até cinco dias - o máximo permitido -, precisa fazer outro teste. Para ajudar no rastreamento de casos de Covid-19 na ilha, os turistas precisam baixar o aplicativo Dycovid - os moradores também usam. Caso o turista apresente resultado positivo no teste feito no quinto dia de estadia, todos os que tiveram contato com ele serão avisadas e deverão ficar em quarentena. Por fim, hospedes e em quartos afastados uns dos outros, use máscara e mantenha o distanciamento social. Assim, será bem mais difícil ficar doente - e, com menos turistas, a natureza agradece.

Pérola do Atlântico
As ilhas que formam o arquipélago são, na verdade, as partes visíveis de uma cadeia de montanhas submersa. A ilha principal tem 10 km de comprimento e, no máximo, 3,5 km de largura.

Por estar tão distante do continente - fica a 545 km de Recife (PE), e funciona como um distrito estadual de Pernambuco -, a viagem de avião pode levar de uma até quatro horas, dependendo do avião e das condições de tempo, ainda mais que o aeroporto do arquipélago recebe somente aeronaves de porte médio.

E a ideia de restringir a quantidade de turistas não é à toa. O local reserva preciosidades únicas, que precisam ser preservadas. O Projeto Tamar, que cuida da preservação das tartarugas marinhas, começou lá suas atividades de pesquisa.

A localização estratégica deu várias funções à ilha, como entreposto comercial, na época da colonização, e chegou até a servir de prisão. O turismo começou a florescer tardiamente, com a construção da primeira pousada em 1972. Desde então, as atividades turísticas vêm crescendo, e hoje o arquipélago tem mais de 130 locais de hospedagem, dezenas de restaurantes, empresas especializadas em mergulho e agências de turismo.

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