Turismo

Esses tipos e modelos de óculos estão proibidos em navios de cruzeiro, mas por quê?

A medida, em vigor desde 2024, tem gerado discussões e debates entre empresa e passageiros

Jeferson Marques

Publicado em 17/12/2025 às 13:19

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Óculos inteligentes estão proibidos em áreas comuns do navio / Imagem gerada por IA

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A MSC Cruzeiros passou a restringir o uso de óculos inteligentes com câmera e recursos de IA em seus navios, numa medida que mira especialmente dispositivos capazes de registrar imagens e áudio de forma discreta. A mudança ganhou força nas últimas horas após repercussão em veículos de tecnologia e turismo, e o recado é direto para quem viaja: o passageiro até pode embarcar com o acessório, mas não pode usar em áreas públicas do navio, sob risco de intervenção da equipe de segurança.

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Regra

O ponto central da política é a privacidade. No texto publicado pela companhia, “dispositivos capazes de gravar ou transmitir dados de maneira furtiva ou discreta” são enquadrados como proibidos nas áreas públicas. Na prática, isso coloca na mira óculos do tipo Ray-Ban Meta e outros modelos similares, inclusive os que prometem “gravar sem usar as mãos”, fazer streaming, ou acionar funções por comando de voz, características que tornam o registro menos perceptível para quem está ao redor em ambientes lotados, como cruzeiros.

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Onde vale

A restrição vale justamente onde há mais circulação e proximidade entre desconhecidos: restaurantes, piscinas, corredores, teatros, lounges e decks, segundo a repercussão do tema em sites de viagem e tecnologia. A leitura predominante é que o uso fica liberado apenas em espaços privados, como a cabine, e fora do navio (por exemplo, em passeios em terra), já que o foco é impedir gravações em locais compartilhados.

Fiscalização

A política da MSC também deixa claro que a segurança do porto tem o dever de inspecionar bagagens e pode confiscar itens previstos nas regras. O ponto que gerou dúvidas em parte do público é o enquadramento: o item aparece no rol de “proibidos”, mas com a especificação de que a vedação é em áreas públicas, o que tende a ser interpretado como “pode levar, mas não pode usar no convívio comum”. Em outras palavras, o risco maior não é ter o óculos na mala, e sim colocá-lo no rosto na área errada.

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Por quê

O pano de fundo é uma discussão que está crescendo: por que óculos inteligentes geram mais preocupação do que celulares, que também filmam? A resposta, segundo análises publicadas junto da mudança, é o fator “disfarce”: é fácil perceber alguém apontando um telefone para gravar, mas bem menos óbvio identificar gravação quando a câmera está embutida nos óculos. Mesmo com luzes indicadoras em alguns modelos, a companhia e comentaristas apontam que, na prática, isso pode passar despercebido em ambientes claros, cheios e barulhentos, o que aumenta a sensação de gravação sem consentimento.

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