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Dos gritos de adrenalina ao silêncio: como está o terreno onde ficava o Playcenter, em SP?

Lendário parque de diversões funcionou por 39 anos e teve seu auge de magia e diversão na Barra Funda

Jeferson Marques

Publicado em 13/10/2025 às 15:06

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Pessoas se divertem no 'Chapéu Mexicano' no Playcenter, em 2012 / Jeferson Marques/Diário do Litoral

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Durante décadas, o Playcenter foi sinônimo de diversão, filas intermináveis e gritos de adrenalina ecoando na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. O parque de diversões, que marcou gerações desde sua inauguração em 1973, encerrou as atividades em 2012 — e, desde então, muitos paulistanos se perguntam o que aconteceu com aquele pedaço icônico da cidade.

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O novo cenário da Barra Funda

No local onde ficavam brinquedos lendários como o Looping Star, o Evolution, o Turbodrop e o Splash, hoje se ergue um conjunto de torres comerciais e residenciais de alto padrão. O empreendimento Brasília Square Offices, um complexo de prédios modernos com design envidraçado e áreas corporativas, domina a paisagem próxima à Marginal Tietê, substituindo as luzes coloridas e os sons do antigo parque.

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Além das torres, parte do terreno foi ocupada por uma escola e por uma área verde preservada, que acabou sendo mantida após um acordo com a prefeitura para compensação ambiental. O que antes era um dos lugares mais barulhentos da cidade transformou-se em uma região de tráfego intenso, escritórios e condomínios de luxo, símbolo do avanço imobiliário sobre a memória afetiva paulistana.

Lobo abaixo da galeria de fotos há um vídeo completo do terreno dos dias de hoje gravado pelo canal "Caçadores de Diversão".

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Parte do terreno do Playcenter, hoje, virou mato - Crédito Youtube/Caçadores de Diversão
Parte do terreno do Playcenter, hoje, virou mato - Crédito Youtube/Caçadores de Diversão
Uma escola tomou parte de outro trecho do terreno - Crédito Youtube/Caçadores de Diversão
Uma escola tomou parte de outro trecho do terreno - Crédito Youtube/Caçadores de Diversão
A lateral do parque na Marginal Tietê: mato onde haviam brinquedos - Crédito Youtube/Caçadores de Diversão
A lateral do parque na Marginal Tietê: mato onde haviam brinquedos - Crédito Youtube/Caçadores de Diversão
Uma placa do parque ainda resiste ao tempo - Crédito Youtube/Caçadores de Diversão
Uma placa do parque ainda resiste ao tempo - Crédito Youtube/Caçadores de Diversão
Corredores de acesso hoje viraram árvores, plantas e mato - Crédito Youtube/Caçadores de Diversão
Corredores de acesso hoje viraram árvores, plantas e mato - Crédito Youtube/Caçadores de Diversão

E os brinquedos, onde foram parar?

A famosa montanha-russa Looping Star, que por anos foi o principal cartão-postal do Playcenter, foi desmontada e enviada para várias cidades e eventos. Outros brinquedos, como o Splash e o Barco Viking, ganharam nova vida no Animália Park, em Cotia, na Grande São Paulo, que se tornou destino de parte das relíquias do antigo parque. Já o Waimea foi vendido ao Mirabilândia, em Pernambuco, que fechou suas portas há pouco tempo.

Outros equipamentos simplesmente desapareceram. Há relatos de que vários brinquedos menores foram comprados por parques de diversões no interior do país, enquanto alguns foram desmontados e sucateados, sem registro oficial de destino.

No vídeo mais recente disponível no Youtube, o canal "Caçadores de Diversão" esteve no terreno (ou no que sobrou dele) e mostrou detalhes que ainda resistem ao tempo, como uma placa do antigo parque e canteiros de jardim da época nostálgica. Veja abaixo:

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Uma lembrança que resiste

Mesmo mais de uma década após o fechamento, o Playcenter segue vivo na memória coletiva. Vídeos, fotos e relatos nas redes sociais mostram que a geração que cresceu visitando o parque ainda guarda carinho por aquele lugar. O espaço que antes abrigava gargalhadas, sustos e filas intermináveis hoje é símbolo de um novo tempo — o da verticalização e do concreto —, mas o legado do parque continua intacto no imaginário paulistano.

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