A árvore que anda pela Amazônia possui raízes para todos os lados e de todos os tamanhos / Imagem gerada por IA
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No coração da Amazônia, existe uma espécie vegetal que desafia o senso comum. Conhecida popularmente como árvore-andante, ela tem a capacidade de se deslocar alguns centímetros por ano — um fenômeno natural que intriga pesquisadores e desperta a curiosidade de visitantes que percorrem trilhas da região.
A espécie mais famosa é a Socratea exorrhiza, que possui longas raízes aéreas semelhantes a “pernas”. Quando uma parte do solo deixa de receber luz ou se torna instável, novas raízes crescem em direção a um local mais favorável. Aos poucos, o tronco se apoia nas raízes recém-formadas e “abandona” as antigas, criando um deslocamento real, embora extremamente lento.
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Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e do Smithsonian Tropical Research Institute já analisaram o fenômeno. Alguns estudos apontam que o movimento pode chegar a alguns centímetros por ano, tornando a espécie uma das mais adaptáveis da floresta tropical. A árvore busca luz, estabilidade e nutrientes — e faz isso criando suas próprias rotas de sobrevivência.
Embora o nome “árvore-andante” seja popular, cientistas afirmam que o movimento não é exatamente uma caminhada, mas uma migração de raízes, que causa o deslocamento do tronco. Ainda assim, o processo é tão peculiar que virou símbolo do comportamento surpreendente da flora amazônica, frequentemente apresentado por guias locais em visitas monitoradas.
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Quem percorre trilhas em áreas preservadas — especialmente em reservas de manejo e parques ambientais na Amazônia — costuma avistar essas árvores de raízes longas, que se espalham pelo solo como se estivessem “caminhando”. A estrutura visual é tão diferente que muitos visitantes acreditam estar diante de uma formação fictícia.
A árvore faz parte de ecossistemas sensíveis e intensamente monitorados. Guias e pesquisadores reforçam que o turismo de base comunitária é essencial para proteger essas áreas, garantindo que o contato com o fenômeno seja sustentável e respeite o ritmo da floresta.