Em um deserto de automóveis, surge uma comunidade que inspira um futuro com mais bem-estar / Youtube/Reprodução
Continua depois da publicidade
Imagine caminhar por ruas tranquilas, sem buzinas, motores ou congestionamentos. Um espaço em que o som predominante é de conversas entre vizinhos, música ao vivo em praças e o barulho de copos em cafés ao ar livre. Parece uma cena de uma pequena vila europeia, mas não é tão distante quanto parece.
Esse lugar surpreende porque foi construído no coração do Arizona, nos Estados Unidos, uma região conhecida pelo calor intenso e pela forte dependência de automóveis. Com o objetivo de atrair turistas, o bairro está se moldando sem motoristas, mostrando que é possível uma nova relação com a cidade.
Continua depois da publicidade
Enquanto a maioria das cidades da região se espalha em largas avenidas e estacionamentos sem fim, aqui o desenho urbano segue outro caminho. Ao entrar nesse bairro, a sensação é de estar em outro continente, em um novo jeito de viver. A ideia é mostrar que a vida em comunidade pode ser mais leve.
No coração do deserto do Arizona, nos Estados Unidos, surgiu uma ideia ousada: um bairro inteiro construído do zero para ser vivido sem carros, o que ajuda até mesmo a reduzir a temperatura local.
Continua depois da publicidade
Não há garagens, vagas de estacionamento ou avenidas largas. O espaço pertence às pessoas, e isso muda tudo, transformando a mobilidade em uma experiência.
O arquiteto Daniel Parolek se inspirou em cidades mediterrâneas, como vilas da Itália e da Grécia, conhecidas por seus centros compactos e ruas que estimulam encontros. Ele acreditava que esse mesmo modelo poderia dar certo nos Estados Unidos, onde quase tudo gira em torno do automóvel.
É possível visualizar detalhes do local no vídeo publicado pela Opticos Design, Inc. Assista abaixo:
Continua depois da publicidade
Viver sem automóveis não significa abrir mão da mobilidade. Pelo contrário, o bairro foi planejado para que tudo fique a poucos passos: restaurantes, lojas, academia, mercado e até espaços de coworking. O projeto valoriza o caminhar, algo fundamental para o bem-estar e saúde.
Além disso, há várias opções para quem precisa se deslocar. O trem leve conecta diretamente ao centro de Phoenix e ao aeroporto. Robotáxis elétricos circulam na região e bicicletas podem ser alugadas para explorar os arredores. Para trajetos mais longos, há carros elétricos compartilhados disponíveis por hora.
Outro destaque é o impacto ambiental positivo. De acordo com estimativas, quando estiver totalmente habitado, o bairro poderá evitar a emissão de até 3 mil toneladas de gases de efeito estufa por ano.
Continua depois da publicidade
Essa redução acontece porque os moradores dependem menos do carro e têm acesso a transporte coletivo e alternativas limpas.
O sucesso dessa experiência chamou a atenção de urbanistas e governos nos Estados Unidos. Muitos veem o bairro como um laboratório urbano que prova ser possível viver bem sem depender de automóveis, mesmo em regiões conhecidas pela cultura do carro.
Para alguns especialistas, ele pode representar o início de uma mudança no modo como as cidades americanas são planejadas.
Continua depois da publicidade