Quando a gente pensa em Minas Gerais, logo vem à mente o pão de queijo quentinho, o sotaque que abraça e as ladeiras históricas de Ouro Preto / Reprodução/pedraspreciosas.tur.br
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Quando a gente pensa em Minas Gerais, logo vem à mente o pão de queijo quentinho, o sotaque que abraça e as ladeiras históricas de Ouro Preto. Mas o estado, famoso pelo seu passado ligado ao ciclo do ouro, guarda uma riqueza ainda mais colorida e pouco explorada: as pedras preciosas
Escondidas nas entranhas da terra mineira, elas são parte de uma rota fascinante que revela muito sobre a geologia, a cultura e a história do Brasil.
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Estamos falando da rota das pedras preciosas, um roteiro que percorre cidades conhecidas mundialmente pela produção de gemas como a água-marinha, a turmalina e, em casos raros, a valiosíssima Turmalina Paraíba.
O ponto de partida ideal para essa jornada está no nordeste de Minas Gerais, especialmente nos vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Diferente do tradicional circuito histórico mineiro, essa rota leva o visitante para dentro de uma cultura que gira em torno da mineração artesanal de pedras preciosas.
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Não é preciso ser especialista em gemologia, apenas curioso o bastante para se encantar com histórias e paisagens surpreendentes.
Cidades como Teófilo Otoni e Governador Valadares são paradas obrigatórias. A primeira é conhecida como a “Capital Mundial das Pedras Preciosas”, enquanto a segunda funciona como um importante centro de comércio e distribuição.
Nessas cidades, a economia pulsa ao ritmo da extração e lapidação de gemas. Em localidades menores, como Coronel Murta e Itinga, encontram-se verdadeiros tesouros escondidos, pedras raríssimas que viajam do interior de Minas para o mundo todo.
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Engana-se quem pensa que essa viagem se resume a comprar joias. O encanto da rota está em mergulhar no universo das pedras desde sua origem, acompanhando cada etapa do processo.
Cidade mineira conquista o Brasil com sua produção única e criativa de pijamas
Algumas propriedades da região abrem suas minas para visitas guiadas, onde é possível observar o trabalho duro e técnico dos garimpeiros. É uma chance única de entender como a geologia da região favorece a formação dessas gemas e sentir a emoção da busca pelo que a terra tem de mais valioso.
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Em cidades como Teófilo Otoni, é possível visitar ateliês e cooperativas de lapidação que mostram como uma pedra bruta se transforma em uma joia.
O trabalho manual, feito com cuidado e precisão, transforma o que parecia apenas uma rocha em uma gema brilhante que pode valer milhares de reais.
O comércio local também é um atrativo à parte. As ruas centrais são repletas de lojas e escritórios que negociam pedras com compradores do mundo inteiro. É o tipo de lugar onde se fala português, inglês e até alemão, tudo misturado com o sotaque mineiro.
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Mas o maior valor da viagem talvez esteja nas conversas com os moradores locais. Garimpeiros, lapidadores e comerciantes contam histórias de vida marcadas por descobertas inesperadas, desafios e uma ligação profunda com a terra.
Por estar fora dos roteiros turísticos mais populares, esse tipo de viagem exige um pouco mais de planejamento. A melhor forma de circular pela região é de carro, o que permite acesso mais fácil às cidades menores e às áreas rurais onde estão algumas minas.
A estação seca, entre abril e setembro, é a época mais indicada para ir, já que as chuvas podem tornar algumas estradas de terra intransitáveis.
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Para quem pretende comprar pedras preciosas durante a viagem, é fundamental buscar comerciantes confiáveis e exigir sempre certificados de autenticidade. Cooperativas locais costumam ser boas opções, pois oferecem transparência e garantem que o processo foi feito de forma ética.