A ciência explica por que a radiação do micro-ondas é inofensiva. / Pexels
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A dúvida sobre se o micro-ondas pode causar câncer é uma preocupação para muitos, alimentada por informações alarmistas. Mas, em uma resposta direta e baseada em fatos, a ciência afirma que não há risco. É seguro usar seu aparelho para aquecer alimentos.
Historicamente, mitos sobre a periculosidade da radiação de micro-ondas e alimentos aquecidos neles têm se espalhado. Uma pesquisa de 2018 revelou a preocupante lacuna entre o conhecimento científico e as crenças populares sobre causas de câncer.
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Essa desinformação pode levar a um comportamento fatalista, onde se negligencia a prevenção de riscos reais à saúde, como tabagismo, alcoolismo ou má nutrição. É essencial focar nas ameaças comprovadas, em vez de temores sem base científica.
Para entender a segurança do micro-ondas, é vital diferenciar a radiação ionizante da não ionizante. A ionizante é capaz de danificar moléculas, inclusive o DNA, e pode ser carcinogênica em doses elevadas, como ocorre com raios-X em exposição excessiva.
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Por outro lado, a radiação não ionizante, da qual o micro-ondas faz parte, não possui energia suficiente para quebrar ligações químicas ou alterar o material genético. Ondas de rádio, por exemplo, são outro tipo de radiação não ionizante inofensiva.
A energia por partícula da radiação de micro-ondas é insignificante para causar danos ao DNA, sendo dez mil vezes menor que o patamar considerado perigoso. Isso significa que a radiação do micro-ondas não representa risco de câncer.
Bebida tão comum e popular quanto a água aumenta o risco de câncer em até 85%.
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O processo de aquecimento do micro-ondas baseia-se no aquecimento dielétrico. Um componente interno, o magnetron, emite as micro-ondas, que são guiadas e refletidas dentro do forno pelas suas paredes metálicas, atingindo a comida.
As micro-ondas interagem com as moléculas polares, especialmente a água, presentes nos alimentos. As moléculas de água, agindo como pequenos dipolos, giram rapidamente para tentar se alinhar com o campo eletromagnético oscilante da radiação.
Essa rotação de alta velocidade das moléculas de água gera calor por atrito com as moléculas vizinhas, cozinhando ou aquecendo o alimento. O processo é puramente físico e não altera a composição química da comida de forma prejudicial.
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A estrutura do micro-ondas é desenvolvida para garantir máxima segurança. Suas paredes metálicas e a porta com tela de proteção são barreiras eficazes, que impedem a radiação de escapar do interior do aparelho enquanto está em funcionamento.
No Brasil, o Inmetro realiza testes obrigatórios em todos os novos modelos de micro-ondas. O regulamento técnico de qualidade assegura que esses aparelhos não emitem radiações perigosas durante sua operação normal, protegendo os usuários.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), através de seu Projeto Internacional EMF, tem avaliado exaustivamente a segurança da exposição a campos eletromagnéticos de baixo nível. Suas conclusões reiteram que não há danos à saúde confirmados.
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Portanto, a ciência é enfática: o uso do micro-ondas é seguro para sua saúde e não causa câncer. As informações baseadas em evidências científicas desfazem os mitos, permitindo que você aproveite a conveniência desse eletrodoméstico sem receios.
Sabe quais aparelhos consomem mais energia? Não é a geladeira nem a lavadora.