Novo navegador da OpenAI promete mudar o jeito de buscar informações na internet / Pexels
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A OpenAI anunciou nesta terça-feira (21) o lançamento do Atlas, seu próprio navegador de internet, colocando a criadora do ChatGPT em concorrência direta com o Google Chrome, o navegador mais popular do mundo. A iniciativa ocorre em meio ao avanço da inteligência artificial como ferramenta central nas buscas online.
A empresa, considerada a startup mais valiosa do planeta, pretende transformar o Atlas em um novo ponto de acesso para pesquisas na web, o que pode atrair mais tráfego e ampliar a receita com publicidade digital.
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Atualmente, o ChatGPT conta com mais de 800 milhões de usuários, mas boa parte deles utiliza a versão gratuita. A companhia, sediada em São Francisco, ainda registra prejuízos e busca novas formas de lucrar com seus produtos.
O Atlas será lançado inicialmente para laptops da Apple (macOS) e, nas próximas etapas, chegará ao Windows, além dos sistemas móveis iOS e Android.
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O anúncio vem poucos meses após um executivo da OpenAI declarar que a empresa teria interesse em comprar o Chrome, caso a Justiça dos Estados Unidos obrigasse o Google a vender o navegador, o que não aconteceu.
Em setembro, o juiz federal Amit Mehta rejeitou o pedido do Departamento de Justiça norte-americano, afirmando que o avanço das tecnologias de IA já está mudando o cenário competitivo.
O novo navegador da OpenAI enfrentará um grande desafio: o Chrome acumula cerca de 3 bilhões de usuários no mundo e tem incorporado recursos de IA com a tecnologia Gemini, também desenvolvida pelo Google.
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A história, porém, pode se repetir. Quando o Google lançou o Chrome em 2008, o Internet Explorer, da Microsoft, era dominante. Ainda assim, o Chrome conquistou o público com velocidade e eficiência, levando a Microsoft a substituí-lo pelo Edge, hoje baseado no mesmo sistema do rival.
Outra startup do setor, a Perplexity, lançou seu próprio navegador, o Comet, no início deste ano. A empresa também manifestou interesse em adquirir o Chrome e chegou a fazer uma oferta não solicitada de US$ 34,5 bilhões, que não avançou após a decisão judicial.