Com roubos em alta, Waze ganha recurso para mapear áreas perigosas

Usuários do aplicativo Waze notaram, nas últimas semanas, um novo recurso disponível na plataforma: o alerta de áreas perigosas. Desde fevereiro, motoristas em todo o Brasil podem sinalizar regiões de risco, que passam a ser identificadas no mapa com o ícone de um ladrão mascarado.

O sistema funciona de forma semelhante aos já conhecidos avisos de “carro parado na pista” ou “acidente na via”: é temporário e depende da colaboração dos usuários. Quanto mais frequentes forem os alertas em determinada área, maior a chance de o aviso permanecer ativo por mais tempo.

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Contexto de criminalidade

A novidade surge em um momento de alta nos índices de roubos e furtos em São Paulo. Entre janeiro e junho de 2025, foram registrados mais de 700 roubos, um aumento de 34,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já os furtos chegaram a 1,9 mil ocorrências, alta de 29,9% em comparação a 2024.

Os criminosos seguem mirando principalmente celulares e automóveis, mas outros itens de alto valor também vêm sendo visados.

O bairro do Tatuapé, na zona leste da capital, chama a atenção: somente no primeiro semestre deste ano, os casos de roubo cresceram 34%, em contraste com a queda de 14,1% registrada na média da cidade de São Paulo no mesmo período.

Repercussão nas redes

O ícone do “ladrãozinho” viralizou rapidamente nas redes sociais, dividindo opiniões. Para alguns motoristas, o alerta é uma ferramenta útil para reforçar a segurança no trânsito. Já outros questionam a eficácia do recurso e temem que ele acabe estigmatizando determinados bairros.

Independentemente da polêmica, a funcionalidade mostra como os aplicativos de navegação estão se adaptando a uma realidade cada vez mais marcada pela preocupação com a segurança urbana.