Tecnologia

Adeus ar-condicionado? Nova tecnologia promete resfriar casas gastando 80% menos

Nesse cenário, uma nova tecnologia surge como alternativa para conciliar conforto térmico, economia e sustentabilidade

Ana Clara Durazzo

Publicado em 29/12/2025 às 10:30

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Diferente dos aparelhos tradicionais, o Caeli One não utiliza compressores nem gases refrigerantes, frequentemente associados a alto gasto energético e impactos ambientais / ImageFX

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Com verões cada vez mais quentes e contas de luz em alta, o ar-condicionado tradicional tem se tornado um peso no orçamento de milhões de brasileiros. Nesse cenário, uma nova tecnologia surge como alternativa para conciliar conforto térmico, economia e sustentabilidade.

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Batizado de Caeli One, o equipamento promete reduzir o consumo de energia em até 80% em comparação aos sistemas convencionais de refrigeração.

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Diferente dos aparelhos tradicionais, o Caeli One não utiliza compressores nem gases refrigerantes, frequentemente associados a alto gasto energético e impactos ambientais. A proposta é resfriar os ambientes por meio de um processo natural, inspirado em princípios físicos já conhecidos, mas pouco explorados no uso doméstico.

Como funciona o resfriamento por evaporação

O segredo do Caeli One está no chamado mecanismo adiabático, que utiliza a evaporação da água para reduzir a temperatura do ar. Na prática, o ar quente do ambiente passa por um sistema umedecido; ao evaporar, a água absorve o calor e o transfere para fora do espaço interno, resfriando o local de forma contínua.

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Segundo os desenvolvedores, o aparelho consegue gerar 16 watts de refrigeração para cada watt de energia consumido, um índice de eficiência cerca de cinco vezes superior ao dos ar-condicionados convencionais. O resultado é um consumo equivalente a apenas 20% da eletricidade normalmente usada por aparelhos tradicionais.

Economia de energia e impacto no bolso

Além da eficiência energética, o impacto direto no orçamento doméstico é um dos principais atrativos da tecnologia. Em um contexto em que o verão de 2026 pode registrar recordes históricos de calor em diversas cidades, a possibilidade de manter ambientes frescos sem elevar drasticamente a conta de luz chama a atenção de consumidores e especialistas.

O consumo de água, segundo os responsáveis pelo projeto, também é baixo. Em quatro meses de uso contínuo, o gasto estimado é de um metro cúbico de água, volume equivalente a aproximadamente 15 banhos, o que reforça o caráter sustentável da solução.

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Instalação simples e limitações

A instalação do Caeli One exige infraestrutura mínima: uma tomada comum, ligação simples de água e a fixação de dois pequenos cartuchos em uma parede externa. No entanto, os desenvolvedores alertam que o desempenho do sistema pode variar de acordo com o clima local.

Em regiões com alta umidade, a eficiência do resfriamento tende a cair, aproximando-se do desempenho de aparelhos tradicionais. Ainda assim, em áreas mais secas ou com clima intermediário, a tecnologia pode representar uma alternativa viável e econômica.

Tendência de mercado

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A busca por soluções como o Caeli One reflete uma mudança no comportamento do consumidor, cada vez mais atento ao equilíbrio entre conforto térmico, custo financeiro e impacto ambiental. Com o avanço das ondas de calor e a pressão por redução no consumo de energia, tecnologias baseadas em processos naturais ganham espaço como possíveis substitutas — ou complementos — do ar-condicionado tradicional.

Se a promessa de economia e eficiência se confirmar em larga escala, o Caeli One pode sinalizar uma transformação no modo como residências enfrentam o calor nos próximos anos.

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