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Trabalhadores liderados pelo Sindicato dos Urbanitários estão acampados desde às 9 horas de ontem, dentro do prédio da Cetesb, em Santos. A greve de ocupação é um protesto contra a demissão de 30 funcionários em todo o Estado de São Paulo, efetuada na terça-feira. Os manifestantes permanecerão acampados por tempo indeterminado no prédio da Cetesb até que a empresa readmita os trabalhadores.
Segundo o diretor do sindicato Mauro dos Santos, que também é funcionário da Cetesb, o sindicato se reuniu com a diretoria responsável pelas sedes regionais, ontem na Capital, mas não houve acordo para a reintegração dos demissionários. Com isso, o sindicato impetrou ação com pedido de liminar para a recontratação dos trabalhadores na Justiça do Trabalho.
De acordo com Mauro, a demissão foi em represália a funcionários representados na ação trabalhista movida em 1989 pelo sindicato, requerendo da Cetesb a correção de 26,05% no pagamento da Unidade de Referência de Preço (URP). O sindicalista explica que com a mudança de moeda na época, o valor a ser pago foi calculado errado. A Cetesb recorreu em todas as instâncias, mas a Justiça deu ganho de causa aos trabalhadores, obrigando a empresa ao ressarcimento.
Mauro disse a que Cetesb propôs pagar a URP em cinco anos e sem a incorporação salarial reivindicada pela categoria. A proposta de parcelamento foi rejeitada em assembléia porque, segundo Mauro, o valor ficaria defasado a longo prazo.
Em Santos foram demitidos 12 funcionários, sete em Cubatão, três em Registro, quatro na Grande São Paulo e mais quatro no interior do Estado. A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da Cetesb, na Capital paulista, mas ninguém atendeu ao telefone, porque profissionais da assessoria de imprensa também aderiram à greve, segundo informou uma funcionária da Cetesb de Cubatão.
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