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Segundo o presidente regional do Sindicato dos Trabalhadores em Correios (Sintect), Francisco José Nunes, o Kiko, ao menos 30% dos 1.200 funcionários lotados nas cidades da Baixada Santista e Vale do Ribeira, aderiram à greve nacional. Ele disse que em Santos, onde está concentrado o maior número de funcionários, os atendimentos nas agências seguem normalmente, mas as entregas das correspondências estão suspensas desde ontem. “Se Santos vir para o movimento, aí nós teremos mais de 70% de paralisação na Região”, afirmou o sindicalista.
“Nós estamos em campanha salarial e reivindicamos as perdas salariais, a inflação e ganho real. A gente pediu R$ 400,00 de ganho real linear, independente do salário. É R$ 400 tanto para quem ganha R$ 816,00 que é o carteiro quanto para quem ganha R$ 10 mil”, explicou Kiko. De acordo com Kiko, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) apenas oferece a reposição da inflação e a categoria aguarda nova contraproposta para dar continuidade às negociações, enquanto isso, o movimento grevista prossegue. “Hoje aqui (Região) o movimento cresceu muito. No Vale do Ribeira, praticamente, está tudo parado”.
Kiko disse ainda que o volume de correspondências paradas é significativo. “Já tem cerca de 5,7 milhões de correspondências paradas no Centro de Triagem, na Capital. O que chegou ontem (quarta-feira) chegou, hoje (ontem) não chega mais”. Segundo Kiko, as perdas salariais estão em torno de 24%. “Ao contrário dos outros anos, os Correios estão com dinheiro esse ano. Já fizemos três movimentos pedindo contratações. Teve o concurso dos Correios e até agora não contratou ninguém. Os carteiros estão sobrecarregados. Ao menos os salários dos carteiros poderia subir de R$ 816,00 para R$ 1.100,00”, afirmou.
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