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Sindical e Previdência

Sindicatos de Santos se preparam para Marcha em Brasília

Com esse slogan, as centrais sindicais preparam os sindicatos para manifestações na capital federal na próxima quarta

Da Reportagem

Publicado em 18/05/2017 às 11:00

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Última manifestação em Santos foi quinta (11), na Praia do Gonzaga, com enterro simbólico de deputados / Rodrigo Montaldi/DL

Sindicatos de Santos e região filiados à Força Sindical, CUT, CGTB, CSB, CSP Conlutas, CTB, Intersindical, NCST e UGT reúnem-se hoje, às 15 horas, para definir os próximos passos da campanha contra as reformas trabalhista e previdenciária.

A reunião será no Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport) e o principal assunto será a ida de ônibus para o grande protesto nacional, em Brasília, na próxima quarta-feira (24). As próximas atividades na Baixada Santista também estão na pauta da reunião.

Os sindicalistas avaliarão o protesto da noite de quinta-feira passada (11), na Praça das Bandeiras, no Gonzaga, quando os deputados federais Beto Mansur (PRB), João Paulo Tavares Papa (PSDB) e Marcelo Squassoni (PRB) foram enterrados simbolicamente junto com os demais parlamentares que votaram a favor da reforma trabalhista na Câmara Federal.

Na areia da praia, esquina com a avenida Ana Costa, foram enterradas 296 cruzes, com velas ao lado, representando os deputados que votaram a favor da reforma trabalhista.  Durante a semana, vários sindicatos pregaram cartazes em postes com as fotos dos três parlamentares e a frase “você tinha direitos trabalhistas, até estes deputados da região tomarem de você”.

Rodoviários

O presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo (Fttresp), Valdir de Souza Pestana, defende a pressão sobre o Congresso Nacional baseado em números.

Segundo ele, a base do governo tem 413 deputados federais, sendo 240 de apoio consistente e 173 de apoio condicionado. Os senadores, por sua vez, são 54 consistentes e 11 condicionados.

Conforme dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Pestana pondera que a oposição tem 100 deputados e 16 senadores: “Como se vê, a diferença é enorme”, diz ele.

Sintracomos

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos) de Santos e Região, Macaé Marcos Braz de Oliveira, também defende a pressão em Brasília.

“O que está em jogo não é apenas a reforma da previdência e trabalhista”, diz o sindicalista, “mas outros pontos altamente danosos ao povo brasileiro, como a desindexação geral”.

Também com base em estudo do Diap, Macaé cita ainda a desvinculação orçamentária, especialmente das despesas com educação e saúde, além da redução do gasto público.

Coordenador da Força Sindical na região, ele critica também a prevalência do negociado sobre o legislado, prevista na reforma trabalhista, e o aumento da idade mínima para efeito de aposentadoria.

Sindserv Guarujá

A presidenta do sindicato dos funcionários públicos da prefeitura de Guarujá (Sindserv), Márcia Rute Daniel Augusto, também defende a ocupação da capital federal.

“Não podemos aceitar o corte de direitos dos servidores e a proibição de novas contratações por vedação de concursos públicos nos próximos 20 anos”, diz a sindicalista.

Márcia Rute critica ainda o que classifica de “desmonte do estado enquanto instrumento de prestação de serviços, por meio de insana reforma administrativa que desvaloriza os servidores”.

Sindest: ocupação de Brasília tem outras medidas além da reforma

O presidente do Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos (Sindest), Fábio Marcelo Pimentel, diz que a ocupação de Brasília tem a ver também com outras medidas além das reformas.

O desconto dos dias paralisados em greve de servidor, determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), “em sintonia com a agenda do governo, é um bom motivo”, diz o sindicalista.

“E o que dizer da decretação de inconstitucionalidade da súmula 331, do TST (Tribunal Superior do Trabalho), permitindo a terceirização de atividade fim, também aprovada no congresso?”, pergunta.

Sintraport

O presidente do Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport), Claudiomiro Machado ‘Miro’, que foi violentamente agredido pela polícia militar na greve de 28 de abril, prepara a ida a Brasília.

“Os portuários irão em peso”, garante o sindicalista. “Temos tradição de luta e os congressistas vendilhões da pátria e dos nossos direitos sociais que nos aguardem”.
“Como acham que podem, por exemplo, desmontar a previdência social e a legislação trabalhista como se elas não tivessem dono? São nossas e custaram muita luta de antepassados”, diz Miro.

Coordenador adjunto da Força Sindical, ele reclama que o governo, deputados e senadores “não tiveram sequer o cuidado que procurar as centrais sindicais”.

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