05 de Maio de 2024 • 23:07
Ontem, no quinto dia útil e oitavo dia da paralização da categoria, o Sindicato dos Bancários de Santos e Região promoveu assembleia, às 16h30, para avaliar o movimento e definir estratégias para hoje.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Ricardo Saraiva, o Big, entre as estratégias definidas para hoje estão ações em defesa do dirigente sindical que foi detido ontem. “Em São Vicente, um dirigente sindical foi detido. O Banco Itaú chamou a polícia, e hoje estaremos lá”, afirmou.
A categoria bancária paralisou cerca de 98% das unidades em Santos e cerca de 90% em outras cidades da Baixada Santista, na quarta-feira (6). Na Baixada Santista, quase a totalidade das 250 agências e postos de atendimento foram paralisados e mais de 3.400 bancários cruzaram os braços de um total de 3.800.
Mas, Big explicou que apesar do movimento de greve, na quarta-feira, quatro agências permaneceram abertas em razão dos pagamentos das aposentadorias e pensões do INSS e ontem duas agências do Banco do Brasil, em Santos, foram abertas para não prejudicar o funcionalismo no dia do pagamento.
“A greve nacional dos bancários de 2010 já superou o número de agências fechadas no movimento do ano passado, principalmente na Baixada Santista. Em todo o país foram 7.437 agências de bancos públicos e privados não abriram suas portas nos 26 Estados e no Distrito Federal.
Em 2009, os bancários paralisaram 7.222 unidades no dia de maior mobilização da greve. A insatisfação é geral, tanto de clientes com a cobrança de tarifas abusivas, como dos bancários que têm seus salários arrochados”, afirmou Big.
Os bancários enviaram, na segunda-feira (4), uma carta ao presidente da Federação Nacional dos bancos (Fenaban), Fábio Barbosa, reafirmando a disposição de negociar para buscar um acordo "que atenda à expectativa" da categoria.
No entanto, segundo Big, os banqueiros mantêm a proposta de reajuste salarial de 4,29%. A categoria reivindica 11% de reajuste, valorização dos pisos, PLR maior, combate ao assédio moral, fim das metas, proteção ao emprego, mais contratações, segurança contra assaltos e sequestros e fim da precarização via correspondentes bancários, entre outros pontos.
O Sindicato dos Bancários de Santos e Região aguarda ainda uma proposta patronal melhor e realizará uma nova assembleia na próxima quarta-feira, para discutir a pauta de reivindicações.
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