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Os guardas municipais de Santos escalados para a Operação Verão enfrentam dificuldades que vão desde falta de refeição e filtro solar até uniformes e equipamentos de proteção.
A denúncia é do presidente do Sindicato dos Servidores Estatutários (Sindest), Fábio Marcelo Pimentel, que tenta resolver os problemas administrativamente, mas reclama que não consegue.
“O ranço militar, com infinitas imposições e pouco diálogo, impera na corporação”, reclama o sindicalista. “Apesar de reiterados ofícios requerendo reuniões, continuamos sem respostas”.
Segundo o presidente do Sindest, o guarda da Operação Verão trabalha seis dias seguidos, com um de folga, em jornada de seis horas diárias. Um turno vai das 8 às 14 e outro das 14 às 20 horas.
Fábio reclama que, apesar desse trabalho prever o fornecimento de lanche, “isso não acontece. O resultado é que o profissional trabalha com fraqueza, numa tarefa que exige vitalidade”.
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Protetor solar
O presidente reprova também “o descaso com a saúde” do agente escalado para trabalhar nas áreas da praia conhecidas por ‘espelhos d’água’, compreendidas entre o mar e a calçada.
“Apesar do ambiente escaldante”, reclama Fábio, “de altíssimas temperaturas, o guarda passa a jornada de seis horas sem receber uma gota sequer de protetor solar, com o rosto protegido apenas pela boina”.
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O sindicalista lamenta ainda que os profissionais não usufruam da folga mensal prevista no estatuto da guarda municipal e nem da folga determinada pela legislação trabalhista.
Outra cobrança do sindicato diz respeito ao não pagamento dos adicionais de risco e de insalubridade, não fornecimento do vale transporte em número suficiente e falta de uniformes.
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A corporação, segundo Fábio, não fornece uniforme de verão aos guardas escalados para plantões nas zonas leste, central e noroeste da cidade. E pune os que usam os uniformes antigos.
Secretaria de Segurança
Em nota, a Secretaria de Segurança esclarece que os guardas municipais trabalham em turnos diferentes: de seis horas e de doze horas. Os guardas que trabalham seis horas, de acordo com a CLT, não gozam de direito a intervalo para refeição.
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Quanto ao filtro solar, a Seseg informa que foram distribuídos 432 frascos para os 82 guardas que trabalharam na praia, durante a Operação Verão. Também foi disponibilizada uma viatura para oferecer água aos guardas municipais durante o serviço.
Sobre os uniformes, a Seseg informa que efetuou a compra de novos uniformes com tecido mais tecnológico, mais leve, um modelo mais confortável e funcional. Esses uniformes foram distribuídos a todos os guardas municipais.
Diz também que os guardas que trabalharam na Operação Verão se formaram em 26 de dezembro. Antes disso, eles estavam em sala de aula, sem estar em atendimento de risco. Assim que iniciaram o trabalho na rua, os adicionais já foram inseridos na folha de pagamento. A nota conclui alegando que todos os guardas usufruíram de suas folgas.
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