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Sindical e Previdência

Relator avalia excluir servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência

Moreira, no entanto, estuda prever que governadores e prefeitos possam aprovar leis ordinárias, que depende de maioria simples, nos respectivos órgãos legislativos para aderir à reforma.

Folhapress

Publicado em 02/06/2019 às 09:59

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O relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP). / Facebook/Samuel Moreira

Após reunião com a equipe econômica do governo, o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), passou a admitir excluir as mudanças nas regras de aposentadoria dos servidores estaduais e municipais.

Se a ideia prosperar, a reforma em tramitação no Congresso não teria efeito para estados e municípios.

Moreira, no entanto, estuda prever que governadores e prefeitos possam aprovar leis ordinárias, que depende de maioria simples, nos respectivos órgãos legislativos para aderir à reforma.

Assim, os critérios de aposentadorias dos servidores passariam a ser os mesmos do funcionalismo público federal, que continuará dentro do projeto que está no Congresso.

A ideia dele é que não haja prazo para que os governadores e prefeitos tenham que aprovar o projeto de lei ordinária. Moreira encontrou-se na sexta-feira (31) com integrantes do governo.

Técnicos do Ministério da Economia argumentam que o sistema previdenciário dos estados e municípios também precisa ser reestruturado diante da crise nas contas públicas, mas a pressão no Congresso para derrubar esse item da reforma é grande.

Embora o déficit anual na Previdência dos estados esteja próximo de R$ 90 bilhões, deputados não querem ter o desgaste político em aprovar regras mais duras para que servidores estaduais -e também municipais- se aposentem.

Essa foi uma reação à campanha de governadores e prefeitos -especialmente da oposição ao presidente Jair Bolsonaro- contra a reforma da Previdência e a quem votasse a favor da proposta.

Por isso, deputados passaram a recusar a ideia de aprovar medidas impopulares que beneficiariam o ajuste nas contas de estados e municípios.

Esse movimento cresceu nas últimas semanas e, então, foram apresentadas emendas -sugestões de mudanças na proposta de Bolsonaro- para excluir servidores estaduais e municipais da reforma.

Integrante de um partido favorável à reestruturação da Previdência, Moreira não queria poupar os funcionários de estados e municípios do endurecimento das regras, pois ele considera grave o problema fiscal desses entes.

Mas o relator e a equipe econômica consideram que, diante do cenário atual na Câmara, um texto mantendo esse item não deverá ser aprovado, prejudicando, assim, o ajuste nas contas da União.

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) deve gerar economia de R$ 1,2 trilhão em dez anos para a União.
O efeito das mudanças nas aposentadorias de servidores estaduais representaria um corte de R$ 350 bilhões nesse mesmo período; e cerca de R$ 170 bilhões no caso dos municípios.

Moreira deve apresentar o relatório à comissão especial da reforma antes do dia 15.

Ainda não há prazo para votação do parecer na comissão, que é a etapa anterior à análise pelo plenário da Câmara, onde o governo precisará de 308 votos de um total de 513 deputados.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dos principais fiadores da reforma, quer concluir a votação no plenário até meados de julho.

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