26 de Abril de 2024 • 17:26
Sindical e Previdência
O novo texto será mais enxuto, mantendo apenas pontos essenciais da mudança nas aposentadorias, como idade e mínima e igualdade entre servidores públicos e privados
O relator da reforma previdenciária é o deputado Arthur Maia (PPS-BA) / José Cruz/Agência Brasil
O relator da reforma previdenciária, Arthur Maia (PPS-BA), deve apresentar nesta semana uma emenda parlamentar alterando a proposta aprovada em comissão especial da Câmara dos Deputados.
O novo texto será mais enxuto, mantendo apenas pontos essenciais da mudança nas aposentadorias, como idade e mínima e igualdade entre servidores públicos e privados.
A decisão foi tomada em reunião, ontem, no Palácio do Planalto, com as participações do presidente Michel Temer e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Para fechar um texto final, o relator deve se reunir até sexta com líderes da base aliada e, na noite desta quarta-feira (8), voltará a se reunir com a equipe econômica no Palácio do Planalto.
Segundo o vice-líder do governo, Darcísio Perondi (PMDB-RS), com a emenda parlamentar, a proposta ficará “menor” e “mais acessível”.
“É claro que há dificuldades, porque essa é a mãe de todas as reformas. Se você insiste no ótimo até o fim, pode ficar sem nada, o que é a tragédia para todos nós”, disse.
A ideia de apresentar uma nova proposta foi sugerida na terça-feira por senadores governistas ao presidente, em reunião no Palácio do Planalto.
Em conversas reservadas, o presidente reconhece que, no formato atual, não consegue aprovar a mudança nas aposentadorias. Na segunda-feira (6), ele chegou a dizer publicamente que a iniciativa pode ser derrotada.
Na terça, com a repercussão negativa, ele escalou integrantes de sua equipe ministerial para entrarem em contato com integrantes do mercado financeiro e para irem a público para dizer que acreditam na aprovação da proposta.
O reconhecimento de que a proposta pode ser derrotada causou apreensão em empresários e investidores, para os quais o presidente “jogou a toalha” e desistiu da mudança nas aposentadorias.
Reação didática
Após a reunião, apesar de afirmar que o governo mantém a reforma da Previdência como está, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a palavra final é do Congresso e não descartou uma proposta mais enxuta.
“Estamos no momento discutindo a viabilidade, a posição das diversas bancadas, vendo itens de maior resistência. No momento em que se se chegar a uma conclusão, e caso se chegue a uma conclusão, vamos anunciar”, disse.
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