Sindical e Previdência

Possível aumento de produção gera expectativa de admissões na Usiminas

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista, a Usiminas Cubatão poderá reativar alto-forno no dia 1º de agosto

Publicado em 30/01/2013 às 21:49

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A possibilidade de reativação de um alto-forno na Usiminas de Cubatão poderá gerar novas contratações, nas próximas semanas, segundo espera o Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista.

O vice-presidente do sindicato, Florêncio Resende de Sá, o Sassá, disse que atualmente a Usiminas Cubatão opera 70% de sua capacidade e que com a religação desse alto-forno, a indústria retomaria 100% de sua produção. ”Antes das demissões em massa, a Usiminas de Cubatão tinha aproximadamente 5.700 funcionários.

Hoje tem cerca de 4.300. Com a religação do alto-forno, a empresa deveria operar com pelo menos 5.400 trabalhadores. Tem setor que dá pra automatizar, mas tem setor que já chegou no limite da automatização, então tem que contratar pessoal para dar conta da produção”.

Segundo Sassá, a partir da religação, o alto-forno demanda de um período de aproximadamente 15 dias de reaquecimento para começar a produzir. “Temos informações de que o forno já está sendo religado e que a empresa voltou a contratar pessoal”, afirmou Sassá.

Porém, a assessoria de imprensa da Usiminas não confirmou ao DL se o alto-forno que está parado será realmente religado, limitando-se a comentar que não tem informações sobre o assunto.

Recuperação de mercado

A possível decisão da Usiminas, que também teria colocado em operação o alto-forno de Ipatinga, em Minas Gerais, está em linha com a estratégia das concorrentes Gerdau e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que anunciaram o religamento de fornos.

O principal estímulo para a retomada das siderúrgicas brasileiras nas últimas semanas tem sido o mercado externo. Depois de meses de crise, o mercado externo de aço apresenta uma recuperação na demanda e nos preços, que subiram cerca de 20% no último mês, passando de US$ 430 por tonelada para mais de US$ 520 por tonelada, no caso da bobina a quente, usada como referência.

Outro fator importante foi a prorrogação do corte do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) para os setores automotivo, construção e linha branca, que representam mais de 80% da demanda interna de aço. Apesar de positiva, a notícia está sendo tratada com cautela pelos especialistas, que temem uma nova formação de excedente de oferta no mercado. Entre janeiro e maio, a indústria siderúrgica operou com 49,7% da sua capacidade instalada de 41 milhões de toneladas, segundo o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS).

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