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Sindical e Previdência

Pilotos e comissários entram em greve na segunda-feira

Pela decisão da categoria, no primeiro dia, metade dos trabalhadores não vai voar. No dia seguinte, a metade que estava trabalhando vai parar, até que as reinvindicações sejam atendidas

FolhaPress

Publicado em 24/11/2021 às 16:45

Atualizado em 24/11/2021 às 17:06

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Segundo o presidente do sindicato, a categoria passou o período da pandemia sendo obrigada a firmar acordos coletivos para suspensão de contratos, licenças não-remuneradas e redução de jornadas e salários / Luciano Claudino/Código 19/Folhapress

Os aeronautas -categoria dos profissionais que trabalham a bordo das aeronaves, como pilotos e comissários- vão entrar em greve na próxima segunda-feira (29). A decisão veio de uma assembleia realizada nesta quarta (24) pelo SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas).

Pela decisão da categoria, no primeiro dia, metade dos trabalhadores não vai voar. No dia seguinte, a metade que estava trabalhando vai parar, até que as reinvindicações sejam atendidas.

"As atividades consideradas serviços essenciais podem fazer greve, mas é preciso manter o serviço mínimo. Entendemos que manter 50% operando já atende ao pressuposto da legalidade", diz o presidente do sindicato, Ondino Dutra Cavalheiro Neto.

Em caso de uma decisão judicial que obrigue que mais trabalhadores fiquem em atividade, o sindicato pretende fazer ajustes posteriores.

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De acordo com a entidade, a pauta de reivindicações para a renovação da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) dos aeronautas se refere à correção das perdas inflacionárias nos salários de dois anos.

Os pedidos tratam da renovação na íntegra do texto vigente, garantindo a manutenção de uma regulamentação mínima para o exercício da profissão sem riscos para a segurança, diz o SNA.

Segundo o presidente do sindicato, a categoria passou o período da pandemia sendo obrigada a firmar acordos coletivos para suspensão de contratos, licenças não-remuneradas e redução de jornadas e salários.

"Além disso, desde o início das negociações, o Snea [Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias] não garantiu a manutenção das cláusulas atuais da convenção em caso de um novo acordo não ter sido fechado até a data-base da categoria, 1º de dezembro", diz o SNA.

"Nos últimos meses, enfrentamos falências, demissão em massa, dúvidas em relação ao futuro. Queremos pelo menos uma recomposição inflacionária", diz Dutra. "Mas vamos sair mais fortes do que entramos na crise. Representamos 7% do custo das empresas, e este ano quem vai determinar o nosso valor seremos nós."

Procurado, o Snea ainda não havia comentando a decisão dos aeronautas.

Em nota divulgada no último dia 18, o sindicato que representa as empresas disse que após uma reunião com a entidade dos trabalhadores, o SNA declarou não haver uma contraproposta, mantendo a pauta inicial, fixada na recomposição integral do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) dos últimos 24 meses.

"As empresas aéreas, por meio do Snea, mantêm-se flexíveis com relação às negociações e continuam engajadas em encontrar a melhor solução para todos", disse a entidade na ocasião.

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