Pagar hora extra pode ficar mais caro para empresas / Pronatec/Governo Federal
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Uma mudança sinalizada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) na semana passada pode tornar o pagamento de horas extras mais caro para as empresas, aumentando a pressão pela adesão ao banco de horas.
Quando um funcionário recebe horas extras habitualmente, ele também ganha a mais pelo descanso semanal aos domingos -se a jornada normalmente é de nove horas, por exemplo, o descanso deve valer nove horas, segundo a lei trabalhista atual.
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Para cada hora extra trabalhada, portanto, o empregado tem direito a um descanso proporcional, o que gera um adicional todo mês.
A Justiça, porém, não considerava esse adicional na base salarial usada para calcular férias, 13º e aviso prévio e outras verbas trabalhistas.
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Neste mês, o entendimento mudou em uma comissão no tribunal, e depois deve virar súmula (orientação com força de lei para os juízes).
“A mudança causa um aumento de despesa muito grande para as empresas. A partir de agora, elas vão precisar rever suas práticas de hora extra e usar mais o banco de horas”, diz Tricia Oliveira, sócia do Trench Rossi Watanabe.
A orientação anterior era polêmica e gerava muitos recursos ao tribunal, diz Caroline Marchi, sócia do Machado Meyer.
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“Houve uma sinalização de que vai haver uma mudança, mas o texto ainda não foi alterado”, afirma.
A reforma trabalhista permite que os trabalhadores firme um acordo individual com o empregador para aderir ao banco de horas.