24 de Abril de 2024 • 18:39
Líderes sindicais foram presos e torturados no navio-prisão Raul Soares durante o período do regime militar,
Um Grupo de Trabalho da Comissão da Verdade do Ministério do Trabalho e Emprego(MTE) iniciou ontem, em Brasília, as investigações para levantar os nomes de sindicalistas presos durante a ditadura militar no Brasil, bem como os sindicatos que sofreram intervenções.
Santos, cidade considerada, na época, a República Sindical do País, foi alvo da repressão, teve vários sindicatos fechados e seus dirigentes sindicais presos e trancafiados no navio-prisão Raul Soares, atracado no Porto de Santos, próximo à ilha Barnabé.
O Grupo de Trabalho definiu o cronograma de atividades. Representantes do Ministério, de entidades sindicais e do IIEP (Intercâmbio, Informações, Estudo e Pesquisa) estabeleceram o cronograma de atividades. Em 4 de abril será finalizado o diagnóstico da documentação existente no Ministério do Trabalho sobre intervenções nas organizações sindicais, prisões e torturas de líderes, e outros abusos autoritários do Estado entre 1946 e 1988. Concluído o diagnóstico, o Grupo de Trabalho realizará a triagem e a preparação da pesquisa, separando os conjuntos mais importantes de documentos, com prazo até 5 de maio.
A partir disso, começa a pesquisa propriamente dita, que será finalizada com a entrega do relatório final, em 5 de dezembro, ao ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. As atividades até lá incluirão a solicitação de informações do Ministério do Trabalho, pesquisas em arquivos físicos, entrevistas com servidores antigos do Ministério e ex-ministros, depoimentos de sindicalistas e pesquisas no Acervo do Serviço Nacional de Inteligência (SNI), disponível no Arquivo Nacional.
Essa é a primeira vez que o Ministério do Trabalho permite o acesso franco e livre aos seus arquivos e cria um Grupo de Trabalho para levantar documentos sobre intervenções nos sindicatos. “Nosso objetivo é descobrir quantas foram e de que maneira ocorreram as intervenções”, disse Sebastião Neto, que coordena o trabalho dos pesquisadores do IIEP.
O trabalho dos pesquisadores teve início em 31 de janeiro, data da segunda reunião do Grupo de Trabalho, com a abertura das primeiras caixas e o começo da prospecção de documentos para a definição do diagnóstico. Nos dias 31 de janeiro à tarde, 1º e 2 de fevereiro, Sebastião Neto e a equipe do IIEP fizeram uma prospecção inicial dos documentos para propor a metodologia de trabalho.
Esse movimento teve como ambientes a sede do Ministério (arquivos da SRT), o Arquivo Nacional, onde há o equivalente a 41 caixas de material, e as instalações do Centro de Referência do Trabalhador Leonel Brizola, do Ministério do Trabalho, localizado em Brasília.
São Vicente
Isso será muito legal, pois vai acontecer uma soma de forças para que a nossa Cidade caminhe para frente
São Vicente
Esquema de aplicação deve ser o seguinte: não vacinados, que no caso não possuem dose registrada, irão receber a dose única do imunizante