Continua depois da publicidade
Ao contrário do que havia sido comunicado anteriormente pela categoria, a paralisação na travessia de balsas e barcas Santos-Guarujá, prevista para a manhã de ontem, entre 7 e 8 horas, não aconteceu. Os funcionários contratados pela TWB S. A., atual concessionária da operação das balsas, comandariam a paralisação para pressionar a empresa a cumprir acordo trabalhista firmado com a categoria.
Contudo, de acordo com um dos representantes da comissão dos marítimos contratados pela TWB, Ariovaldo Gonçalves, o Lua, “o movimento de greve já havia sido descartado no fim da semana passada. Ficou acertado entre a empresa e os trabalhadores que as negociações vão ser retomadas após a conclusão do pregão”.
Segundo Lua, a categoria aguardará posição do Sindicato Unificado dos Marítimos e a convocação de assembléia pela TWB para discutir as reivindicações dos trabalhadores.
A categoria reivindica salários equiparados aos dos marítimos que eram contratados pelo Consórcio OP Mariner, pagamento de benefícios como vale alimentação e cestas básicas, carteira assinada, volta do turno de quatro dias trabalhados com um dia de folga e equipamentos de segurança. Hoje eles trabalham no esquema cinco dias por um (folga).
Porém, as informações desencontradas divulgadas à imprensa se devem a falta de uma liderança entre a categoria. “A paralisação estava descartada porque não foi divulgado nem o edital de greve”, afirmou Lua.
A assessoria de imprensa da TWB informou que após a oficialização da empresa como vencedora do pregão, será discutida a revisão salarial dos funcionários, porém, a média salarial ficará abaixo dos salários pagos aos funcionários da OP Mariner.
A travessia de balsas Santos-Guarujá operou normalmente na manhã de ontem, com cinco embarcações, sem registro de filas. Apesar da não confirmação da greve, por precaução, encarregados da empresa permaneceram na travessia entre 7 e 8 horas para garantir a operação.
Pregão
A empresa vencedora do pregão presencial deverá ser anunciada entre hoje e amanhã, após análise das propostas, conforme afirmou o diretor de operações da Dersa, Nelson El Hage, na última quinta-feira, data da abertura dos envelopes com as propostas. Ontem, as quatro empresas classificadas entregaram à administradora da travessia de balsas as propostas com a relação dos custos dos serviços.
As empresas classificadas são a atual concessionária TWB S.A que cuja proposta é de R$ 37 milhões; a Internacional Marítima Ltda, R$ 37.110 milhões; Performance Assessoria Empresarial Ltda., R$ 39.770 milhões e o Consórcio Atlântico, que ofereceu R$ 43.200.136 milhões, pelo serviço.
A vencedora da concorrência assinará contrato de um ano com a Dersa, com possibilidade de prorrogação. A TWB assumiu o controle operacional e de manutenção das balsas e barcas mediante contrato emergencial de seis meses e mantém cerca de 500 funcionários, contra aproximadamente 860 contratados pela empresa anterior, OP Mariner.
Continua depois da publicidade