Sindical e Previdência
O dia de ontem terminou sem acordo entre o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias e Alimentos de Santos e Região e o Moinho de Santos – Trigo Brasil após duas reuniões
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O objeto do acordo em negociação é a implantação da jornada de 40 horas semanais, que poderá custar a demissão de 22 funcionários. Para reduzir custos, a empresa planeja implantar a partir do dia 3 de agosto, a escala 6X1(trabalha seis dias e descansa um), o que ocasionará a continuidade das atividades com cerca de 80% do quadro de colaboradores do moinho.
A medida, segundo informou a empresa, em nota, na última segunda-feira, é “conseqüência da crise econômica mundial” porque houve queda nas exportações de trigo e derivados, obrigando a uma redução na produção de farinha de trigo.
Segundo o presidente do sindicato, Adelson Vila Nova, atualmente a jornada semanal é de 12h x 36h. Na reunião de ontem, o sindicato propôs à empresa a jornada de 40 horas semanais em lugar da escala 6X1 e sugeriu um Plano de Desligamento Voluntário (PDV) com prêmio.
Adelson explicou que a implantação da jornada de 40 horas levaria à dispensa de funcionários, por isso foi pedido à empresa que estude a implantação do PDV. Segundo ele, a Moinho de Santos acenou para uma possível demissão de 22 trabalhadores, com a implantação da jornada de 40 horas.
“Nós não aceitamos discutir demissão”, enfatizou Adelson. Diante do impasse nas negociações, o sindicato deverá convocar assembleia para a próxima semana para discutir a situação com a categoria. A data da assembleia deverá ser definida hoje.
Adelson afirmou que caso a empresa efetue as demissões, será mantida a escala 12hX36h, conforme reza acordo de trabalho. “A escala 12hX36h tem vigência por mais de um ano ainda e caso ocorram as demissões, vamos manter essa escala”.
Por meio da assessoria de imprensa, a empresa manifestou ontem que não comentará sobre a sugestão do PDV e mantém sua posição informada na segunda-feira.
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