06 de Outubro de 2024 • 00:32
Trabalhadores portuários do País vão cruzar os braços nesta sexta-feira (22), numa greve de advertência das 7 às 13 horas em represália a MP dos Portos. Essa foi uma das decisões da plenária de portuários e avulsos encerrada nesta quinta-feira (21) em Brasília. Nova greve parcial também está definida para a próxima terça-feira (26), mas desta vez, Santos poderá prolongar a paralisação para dois períodos, das 7 às 19 horas. Nesta sexta, as três federações de trabalhadores se reúnem, mais uma vez, com a ministra da Casa Civil, Gleisi Holfmann.
Outra decisão da plenária dos trabalhadores foi um boicote contra a descarga de produtos brasileiros em todo o mundo. Para isso os trabalhadores portuários brasileiros vão contar com apoio de duas entidades internacionais de trabalhadores. E por fim: os trabalhadores definiram que podem realizar uma greve geral no mês de março, mas isto depende do andar das negociações com o Congresso Nacional e o Governo.
Os sindicalistas e trabalhadores presentes à plenária realizada no Hotel Nacional, em Brasília, decidiram jogar duro contra o Governo. "Vamos partir pro pau para garantir nosso mercado de trabalho", disse Rodnei Oliveira da Silva, Nei, presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, maior entidade de trabalhadores avulsos do País.
Já Robson Apolinário, presidente do Sintraport foi incisivo: "Apesar do governo ter acionado sua locomotiva para atropelar os trabalhadores, nem tudo está correndo como ele pretendia. Também temos nosso poder", diz o sindicalista.
A paralisação vai envolver cerca de 30 mil trabalhadores. Em Santos, a concentração será no Ponto Três de Distribuição de Serviço, na Ponta da Praia. Ninguém vai pegar a senha e nem participar da distribuição de serviço.
Boicote internacional
Caso não consigam acordo com o governo federal para alterar pontos da Medida Provisória (MP) 595/2012, que reestrutura os portos do país, trabalhadores do setor prometem dificultar a descarga de produtos brasileiros em todo o mundo com apoio de duas entidades classistas internacionais: a International Transport Workers Federation (ITF) e a International Dockworkers Council (IDC).
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