O deputado Rogério Marinho, relator da reforma trabalhista, vai anujnciar hoje o relatório final sobre o projeto que deverá ser votado na Comissão Especial da Câmara / Agência Brasil
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Com intensa movimentação de sindicalistas das centrais sindicais e muita expectativa entre trabalhadores de todo País, o relator da reforma trabalhista, Rogério Marinho (PSDB-RN), vai anunciar hoje o relatório final sobre sua proposta da reforma trabalhista.
No texto, Marinho altera mais de cem artigos do regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
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As novidades serão: o fim do imposto sindical e mudanças em cem artigos da CLT, além da criação de duas modalidades de contratação: a de trabalho intermitente, por jornada ou hora de serviço, e o chamado teletrabalho, que regulamenta o trabalho de casa.
Fontes do Palácio do Planalto, desde a semana passada, vem anunciando que o governo deve ficar neutro na discussão sobre o fim do imposto sindical, que deve gerar inconformismo nas principais centrais sindicais.
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O julgamento no plenário da Câmara Federal deverá ocorrer já no próximo dia 19. As emendas que constam na reforma trabalhista alteram os acordos coletivos das categorias profissionais.
A prevalência de acordos e convenções coletivos entre patrões e empregados sobre a legislação foi o principal tema das 842 emendas apresentadas à proposta de reforma trabalhista (PL 6787/16).
Essa também é a espinha dorsal do texto enviado pelo Executivo em dezembro do ano passado. Foram 155 emendas sobre o tema, 18,4% do total, segundo informações da Agência Câmara de Notícias.
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Pela proposta, o acordo coletivo vai prevalecer para 13 pontos específicos, entre eles plano de cargos e salários e parcelamento de férias anuais em até três vezes. Confira em quadro abaixo os pontos da proposta ¬original.
As emendas tratam de cerca de 110 temas diferentes, desde a proibição de revista íntima dos trabalhadores pela empresa até o trabalho de adolescentes. Os assuntos que receberam mais sugestões já estão ¬tratados na proposta do Executivo como a duração da jornada de trabalho, o trabalho temporário e o representante dos trabalhadores nas empresas.
A homologação da rescisão do contrato de trabalho, que teve 29 emendas apresentadas, é relacionada a uma das principais fontes de disputas judiciais atualmente no País.
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Cerca de 58% dos 10 milhões de processos na Justiça do Trabalho, atualmente, tratam de rescisão do contrato de trabalho, de acordo com o estudo Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 2016.
Governo quer manter prevalência de acordos coletivos na reforma trabalhista
O governo não pretende abrir mão do ponto da reforma trabalhista, encaminhada ao Congresso Nacional, que garante que as negociações firmadas em acordos coletivos entre trabalhadores e empregadores devem ter força de lei. Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o objetivo é dar segurança jurídica aos contratos e evitar futuros processos judiciais.
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“Nós pretendemos que aquilo que a convenção coletiva delibere nos termos da lei tenha força de lei. Para que o bom empregador não fique com medo de contratar, e que o acordo coletivo realizado com a participação do sindicato seja respeitado”, explicou o ministro ontem (11).
Segundo ele, o governo quer preservar ao máximo o texto da reforma trabalhista que foi encaminhado ao Congresso Nacional. “Principalmente aquelas colunas fundamentais que motivaram o governo a apresentar a reforma, depois de um diálogo amplo com movimento sindical dos trabalhadores e com instituições de empregadores, para proporcionar a modernização trabalhista”, diz.
No Congresso Nacional, a proposta recebeu 844 emendas nos 13 pontos abordados pela reforma e o texto final deve ser apresentado amanhã (12) pelo relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). “A nossa preocupação é de que alguma dessas emendas não desconfigure a proposta original encaminhada pelo governo”, diz o ministro.
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